Suspeito de estuprar pelo menos duas vítimas e abandoná-las nuas na rua é preso na Zona Oeste do Rio - Extra

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A Polícia Civil prendeu, na manhã desta quarta-feira, um homem acusado de estuprar uma mulher de 36 anos em novembro do ano passado, no dia da Consciência Negra. O crime aconteceu no fim da madrugada, na Avenida Almirante Aymara Xavier de Souza, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, próximo a um terreno baldio. Luiz Cláudio Emir Reis Salviano tinha um mandado de prisão temporário expedido pela 1ª Vara Criminal de Bangu por estupro e roubo. Ele foi localizado em casa, em Senador Camará, sub-bairro de Bangu, e não ofereceu resistência.

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— Ele contratou um programa, disse que estava sem dinheiro. Ela quis pegar no banco, ele pediu um beijo e a esfaqueou. Por sorte, ela não foi morta, veio à delegacia e registrou o caso — disse a delegada. — Cruzamos as informações com o registro do estupro da outra vítima e no meio da investigação, ele fez a mesma coisa com uma terceira vítima: a abordou, levou para o meio do mato, roubo o celular, mas não a estuprou. Ele nega as acusações. Mas, as três vítimas o reconheceram. Ele foi identificado aqui na delegacia.

Na ocasião, Luiz Cláudio levou o celular e as roupas da vítima após estuprá-la. De acordo com a 34ª DP (Bangu), responsável pelo inquérito, ele cometeu outro crime nos mesmos moldes enquanto o primeiro ataque era investigado, quando abusou sexualmente de uma transexual e a deixou nua, na rua, roubando o telefone dela. Desta vez, a vítima chegou a ser esfaqueada.

Ainda segundo a Polícia Civil, Luiz Cláudio foi identificado como o autor de todos os crimes durante reconhecimento presencial. Ele já havia sido preso anteriormente pelo crime de roubo, além de outras duas acusações por estupro e uma tentativa de homicídio. Atualmente, o suspeito estava em liberdade condicional e se apresentava mensalmente à Justiça.

O estupro da primeira vítima, em 20 de novembro do ano passado, ganhou repercussão depois que a mulher não conseguiu realizar o exame de corpo de delito por falta de peritos no Instituto Médico-Legal de Campo Grande. Ela chegou a ser informada por policiais que a ausência dos profissionais era comum aos fins de semana, e que deveria retornar ao local na segunda-feira seguinte.

— O certo era me examinarem logo após a violência. Estou sentindo uma dor na alma, e ainda passar por esse transtorno é muito difícil — desabafou a contadora à época.

Ela contou que estava saindo de para o trabalho, pouco antes das 6h, quando foi abordada pelo agressor. Inicialmente, a vítima acreditou que seria alvo de "apenas um assalto".

— Mas depois de me roubar ele mandou eu entrar em um terreno baldio e me estuprou. Quando ele foi embora, corri e fui socorrida por dois policiais em uma viatura, que me levaram em casa — relatou.

A delegada afirma, ainda, que “o crime de estupro é o mais covarde que existe e causa sequelas na vítima ao logo dos anos” e, por isso, precisam receber um tratamento adequado.

— É muito importante que essas vítimas recebam um tratamento para a saúde mental. Além do tratamento, é preciso achar e prender o criminoso, porque com isso fecha um ciclo e traz uma sensação de justiça, mesmo isso não saindo da memória da pessoa — defendeu. — Eu, como mulher, tenho um olhar mais apurado para esse tipo de crime, e não podemos permitir essa covardia, que é muito grande muito grande.

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