ARTICLE AD BOX
Mikaela Ximendes Siqueira, de 42 anos, teve cadáver localizado na última segunda-feira
Corpo de Mikaela Ximendes Siqueira foi encontrado em Alvorada | Foto: Arquivo Pessoal / CP
A execução de uma pessoa transexual desafia a Polícia Civil. O corpo foi encontrado com sinais de tortura no início da semana, em Alvorada, mas os investigadores apontam que ela não tinha vínculos com o município. Ninguém havia sido preso até o momento desta publicação.
Nesta sexta-feira, o Instituto-Geral de Perícias (IGP) identificou a vítima, que atendia pelo nome social de Mikaela Ximendes Siqueira, de 42 anos. Era natural de Rio Grande, na região Sul do Estado, mas havia se mudado para Porto Alegre em 2021.
Mikaela tinha condenação de 17 anos por um homicídio, que ocorreu no dia 5 de outubro de 2007, em Rio Grande. De acordo com o então desembargador José Antônio Hirt Preiss, relator do caso em 2009, ela respondia pelo apelido “Bichel” na época e teria matado Vagner Lamadril Irala a facadas. Também somava antecedentes por furto e roubo.
O corpo de Mikaela foi localizado na última segunda-feira (6), por volta das 15h30min, em Alvorada. Estava em uma área de vegetação às margens da rua Arnô da Silva Feijó, no bairro Maria Regina. Segundo a estimativa dos peritos, o cadáver passou no mínimo dois dias ali antes de ser encontrado.
A vítima estava com mães e pernas amarradas. Além disso, tinha sinais de agressão e marcas de disparo de arma de fogo. Cápsula de pistola de uso restrito, calibre 9 milímetros, foram achadas no local.
O caso é investigado na Delegacia de Homicídios (DHPP) de Alvorada. Não há motivação definida do crime, apesar das similaridades deste com mortes no contexto de facções. “A vítima não tinha nenhuma vinculação com Alvorada. Não sabemos como ela foi parar na cidade”, resumiu o delegado titular Edimar Machada.
