Nova Zelândia retira medidas de inclusão trans no esporte - 24/07/2025 - Esporte

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O governo da Nova Zelândia decidiu suprimir suas diretrizes sobre a inclusão de pessoas transgênero nas competições esportivas.

"Homens biológicos não têm lugar no esporte feminino", sentenciou nesta quinta-feira (24) o ministro de Relações Exteriores do país, Winston Peters.

"Trata-se unicamente de garantir a segurança e a proteção das meninas e mulheres nos esportes que praticam, em todos os níveis", acrescentou.

Recentemente, o Comitê Olímpico dos Estados Unidos e a Federação Inglesa de Futebol vetaram o acesso de mulheres transgênero às competições femininas.

A Nova Zelândia era considerada há anos um país pioneiro na inclusão de atletas transgênero.

Em 2021, a halterofilista Laurel Hubbard se tornou a primeira mulher abertamente declarada transgênero a participar dos Jogos Olímpicos, em Tóquio, na categoria feminina de +87 kg.

Laurel não conseguiu levantar nenhuma das barras e foi eliminada de maneira prematura no Japão.

Em 2022, a agência pública da Nova Zelândia, Sport NZ, desenvolveu "princípios orientadores para a inclusão de pessoas transgênero no esporte".

Esses princípios, agora removidos, diziam respeito principalmente à segurança, ao bem-estar e ao combate à discriminação e ao assédio. Eles também recomendavam fornecer espaços privados nos vestiários e a utilização de linguagem inclusiva.

"As pessoas transgênero podem participar nos esportes dentro do gênero com o qual se identificam", indicavam essas diretrizes, segundo a Radio New Zealand.

A diretora geral da Sport NZ, Raelene Castle, confirmou a decisão das autoridades.

"O governo pediu à Sport NZ que cesse todo trabalho sobre os princípios diretores para a inclusão das pessoas transgênero no esporte e que os retirássemos de nosso site", afirmou.

"As organizações esportivas continuarão tomando suas próprias decisões sobre a participação das pessoas transgênero", pontuou.

Em um comunicado, a Associação Profissional para a Saúde das Pessoas Transgênero de Aotearoa (nome maori da Nova Zelândia) disse estar "profundamente decepcionada" e estimou que a decisão do governo agravará "uma cultura pouco acolhedora e isolante para as pessoas trans e não binárias no esporte".

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