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Uma mulher transexual foi vítima de tentativa de homicídio, ao sofrer de homofobia e intolerância religiosa, no Rio de Janeiro. Nicole Veldeck explicou que a agressão aconteceu após desentendimento na noite do último sábado, 19 de novembro, quando tentava apanhar um táxi. Dois dias depois, na segunda-feira, foi baleada na cara e, apesar de ter tido alta nesta quarta-feira, 23 de novembro, a bala continua alojada na boca. De acordo com a mulher, de 26 anos, foi um taxista – seu conhecido – o responsável pelo disparo.
“No sábado, houve uma discussão entre mim, esse taxista e a minha amiga. Ele disse que éramos trans e que ‘não levaria gays no seu veículo’. Fomos embora com outra pessoa. No dia seguinte, já no domingo, o pai dele ligou-me a perguntar se ia trabalhar. Disse que não, porque vi que ele estava com más intenções. Disse que estava em Copacabana”, relembra a mulher. Na segunda-feira, diz que o homem procurou-a novamente. “Estava a trabalhar e o pai dele encontrou-me na praça e disse que tínhamos de falar. Eu disse que ia fumar um cigarro e ele perguntou-me se estava bem protegida”.
Nicole continua com a bala na boca por falta de cirurgiões
Ainda de acordo com Nicole, foi alvejada momentos depois, enquanto fumava. “Ele saiu, pegou no carro, apanhou o filho e dirigiu-se até mim. Eu estava agachada a fumar e ele disparou. Quando ele me baleou, levantei-me e corri. Ele voltou a disparar. Eu comecei a gritar e as pessoas que estavam ali também. A mulher foi socorrida por pessoas que ali estavam e levada para o Hospital Estadual Azevedo Lima. O agressor e o filho fugiram e não se sabe o seu paradeiro.
Uma amiga da vítima tentou apresentar queixa mas terá quase esbarrado nas intenções dos agentes da esquadra a que se dirigiu. Garante que tentaram que desistisse de apresentar queixa. No entanto, após insistir, lá conseguiu que recolhessem o seu depoimento. Porém, revela que não recebeu cópia do que disse aos investigadores. Segundo a família da vítima, na unidade hospitalar onde está internada, não há cirurgião buco-maxilo-facial e, como tal, continua com a bala alojada na boca.
Fotos: Reprodução / Arquivo pessoal
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