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A decisão de a Secretaria Especial da Cultura, ligada ao Ministério do Turismo, destinar R$ 1 bilhão via Lei Rouanet para a produção audiovisual pró-armas está repercutindo na classe artística. O diretor Gerald Thomas, responsável por realizar espetáculos inovadores tanto no Brasil quanto no exterior, é um dos que criticam a medida. O encenador se prepara para dirigir pela primeira vez um texto de Nelson Rodrigues (1912-1980). A peça será “Doroteia”, farsa escrita pelo dramaturgo em 1949, e os ensaios começam no segundo semestre. De Nova York, onde vive, o diretor falou com New Mag por vídeo.
– Esse governo Bolsonaro é, pelo que me parece, antitravestis e bastante homofóbico. É engraçado porque ele está parecendo ser um travesti na medida em que usa a Lei Rouanet, de incentivo à Cultura, que está sendo travestida para incentivar a indústria armamentista – compara o diretor sem economizar na provocação a medidas adotadas recentemente: – O governo já tem motocicleta da escuderia Lecoq e comprou Viagra, que incentiva le cock. Claro que esse cara (o presidente Bolsonaro) tem uma falha grande na cabeça e tenta cobrir essas falhas todas com esses artifícios, que fazem barulho. E, shakespereanamente falando, é muito barulho por nada.
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