Estudante denuncia à OAB/AL caso de transfobia em escola técnica particular de Maceió | Alagoas - Notícias - Jornal Extra de Alagoas

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Vítima aguarda, há mais de um ano, emissão de certificado de conclusão de cursoAssessoriaVítima aguarda, há mais de um ano, emissão de certificado de conclusão de curso

Uma estudante transexual procurou a Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL), nesta quinta-feira (29), para denunciar mais um caso de transfobia em Maceió. O episódio aconteceu em uma escola técnica particular de Design Gráfico. A vítima relata que aguarda há mais de um ano o certificado de conclusão de curso, que ainda não foi entregue em razão da mudança do nome de registro da vítima. A Comissão de Diversidade Sexual e Gênero da OAB/AL irá oficiar a escola para esclarecimentos sobre o caso.

A comissão recebeu a estudante para uma reunião de acolhimento e, na oportunidade, ela relatou que conseguiu retificar o seu nome de registro e seu gênero há mais de um ano. Desde então tenta, sem sucesso, receber o certificado de conclusão do curso realizado.

A escola alegou para a estudante que não constava no cadastro o nome de registro atualizado, porém, mesmo com a solicitação da estudante em alterar no banco de dados o nome e gênero, já retificados em seus documentos, não houve nenhum retorno pelo curso para emissão do certificado. A vítima esteve na escola mais de uma vez para solicitar a alteração em seu cadastro e, por consequência, o certificado do curso que realizou.

Foram relatados os prejuízos por essa espera e pela negativa da escola em emitir o certificado, uma vez que está impossibilitada de ter acesso a trabalhos e a outros cursos pela falta do documento.

Durante a reunião com a vítima, integrantes da Comissão de Diversidade Sexual e Gênero da OAB/AL destacaram que vão notificar e cobrar esclarecimentos da escola. Se não houver respostas, o colegiado seguirá auxiliando a vítima com as medidas necessárias para exigir que o estabelecimento faça a emissão do certificado e que seja responsabilizado pela situação.

Carlos Eduardo, membro da Comissão de Diversidade Sexual e Gênero da OAB/AL, destacou a importância da denúncia e de acompanhar casos como esse. “É necessário destacar a importância do respeito ao nome de pessoas trans, seja o uso do nome social e o gênero que utiliza ou o nome e gêneros alterados no registro, para que as instituições e demais locais possam incluir essas pessoas, uma vez que isso já constitui um direito. A sociedade precisa incluir e efetivamente respeitar. Então, é muito importante que ela tenha procurado a comissão, pois juntos vamos fazer valer esse direito”, frisou ele.

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