Após proibir braçadeira de arco-íris, Fifa abre processo disciplinar contra cantos homofóbicos - Máquina do Esporte

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Torcedores do Equador fazem festa durante jogo contra o Catar - Reprodução/Instagram @fefecuador

A Fifa abriu procedimento disciplinar contra México e Equador por causa de cânticos homofóbicos das duas torcidas durante jogos da Copa do Mundo do Catar 2022. A seleção equatoriana venceu o Catar por 2 a 0, na abertura do Mundial, no último domingo (20), enquanto o México ficou no empate em 0 a 0 contra a Polônia na terça-feira (22).

No jogo de abertura, alguns torcedores do equador foram ouvidos gritando cânticos homofóbicos contra os chilenos. O Chile tentou na Justiça esportiva ficar com a vaga do Equador na Copa do Mundo alegando que o rival havia escalado um jogador de maneira irregular durante as eliminatórias.

Já os mexicanos estão sendo investigados por entoar um canto ofensivo que a federação nacional do país tenta proibir há algum tempo. Os torcedores costumam gritar “p...” no momento em que o goleiro adversário cobra um tiro de meta.

Veto à braçadeira

Apesar de ser rápida em instaurar processos disciplinares contra cânticos homofóbicos, a Fifa proibiu, às vésperas do início da Copa do Mundo, que capitães de seleções europeias usassem uma braçadeira com a mensagem “One love” (um amor, em inglês) e as cores do arco-íris, em uma mensagem em favor da comunidade LGBTIA+.

Pelo menos Inglaterra, País de Gales, Bélgica, Dinamarca, Alemanha, Holanda e Suíça planejavam usar o símbolo, que foi proibido pela Fifa. Caso fosse utilizado, o jogador seria punido com um cartão amarelo.

Em protesto contra o veto da Fifa, os jogadores da Alemanha posaram para a foto oficial antes da partida contra o Japão, nesta quarta-feira (23), com as mãos na boca, indicando censura.

No Catar, é crime ser gay, lésbica, bissexual ou transexual. Pessoas com essas orientações sexuais estão sujeitas a até sete anos de prisão no país.

Histórico de punições

A Federação Mexicana de Futebol já recebeu 12 sanções (duas advertências e dez multas) durante a campanha da seleção nas eliminatórias para a Copa do Mundo da Rússia 2018. Desde então, houve novas punições, dessa vez obrigando a seleção mexicana a atuar por duas vezes com os portões fechados.

“O Comitê Disciplinar da FIFA abriu um processo contra a Associação Mexicana de Futebol devido a gritos de torcedores mexicanos durante a partida México x Polônia da Copa do Mundo, disputada em 22 de novembro. O processo foi aberto com base no artigo 13 do Código Disciplinar da Fifa”, informou a entidade.

Pelo código disciplinar, a federação pode ser obrigada a jogar novas partidas sem a presença de público ou até ser proibida de atuar em determinado estádio.

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