Vídeo recicla boato já desmentido de que Brigitte Macron seria uma mulher trans

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TEORIA FALSA CIRCULA HÁ ANOS NAS REDES SOCIAIS; RESPONSÁVEIS PELA CAMPANHA DE DESINFORMAÇÃO FORAM CONDENADAS PELA JUSTIÇA FRANCESA POR DIFAMAÇÃO

O que estão compartilhando: que a primeira-dama da França, Brigitte Macron, é uma mulher transgênero.

Vídeo recicla boato já desmentido de que Brigitte Macron seria uma mulher trans

Vídeo recicla boato já desmentido de que Brigitte Macron seria uma mulher trans

Foto: Reprodução/Instagram / Estadão

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. O boato, já desmentido, circula ao menos desde 2017. Em 2021, a alegação infundada ganhou força quando uma jornalista e uma autoproclamada médium espiritual fizeram um vídeo sobre a teoria conspiratória. Elas foram condenadas pela Justiça francesa por difamação.

Saiba mais: em um vídeo no Instagram, uma mulher comenta a filmagem que mostra a primeira-dama empurrando o rosto do presidente francês, Emmanuel Macron. A autora do conteúdo diz que "corre por aí" que Brigitte seria uma mulher transgênero, e que ela já teria escutado essa história "várias vezes".

O boato é de fato antigo. Ele circula nas redes sociais há pelo menos oito anos. Em 2017, quando Macron foi eleito pela primeira vez, a jornalista Natacha Rey afirmou que Brigitte "nunca teria existido". Ela disse que a primeira-dama seria, na verdade, seu irmão Jean-Michel Trogneux, que teria transicionado de gênero e adotado o nome Brigitte.

Em 2021, a jornalista participou de um vídeo no YouTube ao lado de Amandine Roy, uma autoproclamada médium espiritual. As duas impulsionaram a teoria sem fundamento sobre Brigitte e o irmão. O conteúdo viralizou e a falsa alegação circulou durante as eleições presidenciais da França de 2022.

Desde então, diferentes veículos desmentiram a afirmação infundada (veja aqui, aqui e aqui). Em 2022, a primeira-dama processou as duas autoras do vídeo responsável por viralizar a campanha de desinformação.

Em 2024, Natacha e Amandine foram condenadas pelo Tribunal Criminal de Paris por difamação. A multa imputada foi de 500 euros pela suspensão condicional da pena. A Justiça também determinou o pagamento de 8 mil euros em indenização à primeira-dama, além de 5 mil euros ao irmão Jean-Michel.

A teoria infundada já foi rechaçada pelo próprio presidente francês. "O pior são as informações falsas e os cenários inventados, com pessoas que acabam acreditando nisso. E que invadem a sua intimidade", disse.

Esse boato foi desmentido também pela agência Aos Fatos.

Como lidar com postagens do tipo: Brigitte Macron não é a primeira-dama a ser alvo de comentários preconceituosos e teorias conspiratórias sobre seu gênero. Em 2023, o Estadão Verifica desmentiu boatos que alegavam que a ex-primeira-dama dos Estados Unidos Michelle Obama seria uma mulher trans. Por isso, é importante ter cautela com alegações infundadas, que podem impulsionar campanhas de ódio e desinformação.

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