ARTICLE AD BOX
A despedida de Alice Martins Alves, de 33 anos, foi marcada por comoção, desespero e revolta. O sepultamento aconteceu no Parque da Colina, no bairro Nova Cintra, em Belo Horizonte, na segunda-feira (10). Inconsoláveis, os familiares deram o último adeus à mulher que teve a vida interrompida de forma violenta.
Imagem: reprodução redes sociais/Itatiaia.Em entrevista coletiva ao R7 e Itatiaia, o pai de Alice, Edson Alves se mostrou indignado com a violência. Segurando o choro, ele chegou a questionar o direito de viver de uma pessoa trans. “Que brutalidade! Será que transexual não tem direito a viver em paz?”, indagou.
Claramente desolado, Edson ainda lamentou a morte precoce da filha. “Agora, perdi uma grande parceira, amiga, companheira de filme, de tomar uma cervejinha dentro de casa”, disse.
O pai de Alice também relatou as horas seguintes após a violência brutal sofrida por ela. Segundo ele, a filha optou por não incomodá-lo. Edson relata que ao acordar pela madrugada foi até o quarto de Alice e a encontrou debilitada. “Pai, olha o que fizeram comigo”, lamentou Alice.
Entenda o caso
Alice foi espancada em uma lanchonete no bairro Funcionários, em Belo Horizonte, Minas Gerais, em 23 de outubro. Depois de lutar pela vida durante 18 dias, ela morreu no domingo (9) em decorrência de uma infecção generalizada.
De acordo com o boletim de ocorrência, Alice sofreu fraturas nas costelas, perfuração intestinal, hematomas por todo o corpo e escoriações no rosto. O documento aponta um homem como principal suspeito. Ele teria surpreendido a vítima quando ela saía de um bar.
Após a agressão, Alice chegou a voltar para casa, mas o quadro de saúde piorou rapidamente. Ela foi levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e, posteriormente, transferida para um hospital particular, onde permaneceu internada até o falecimento.
Em nota oficial, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou que o caso está sendo apurado pelo Núcleo Especializado de Investigação de Feminicídios (Neif), vinculado ao Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Até o momento, ninguém foi preso.

/https://i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/h/z/pMj0hZQRi4OTyyfMU1lg/canva-2025-11-27t092052.655.png)

