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Um professor da Universidade Pública de Shawnee, no estado de Ohio, recebeu cerca de 370 mil euros depois de se ter recusado a utilizar os pronomes pelos quais uma estudante queria ser identificada.
De acordo com a queixa do professor, a que a Insider teve acesso, a universidade solicitou aos professores que se referissem aos alunos pelos pronomes com os quais eles se identificavam, independentemente do sexo biológico.
De acordo com a Insider, o professor recusou-se a utilizar os pronomes porque "não tinha a certeza que podia compactuar com a exigência da estudante e também não sabia até que ponto os alunos podiam ditar como os professores os tratavam".
O professor da cidade norte-americana de Portsmouth processou os responsáveis da universidade em 2018, depois de receber um aviso escrito por se recusar a utilizar os pronomes quando se referia a uma estudante transexual. O docente acusou a universidade de não cumprir a Primeira Emenda à Constituição dos Estados Unidos, alegando que a sua liberdade de expressão e religião estavam a ser restringidas.
Ainda de acordo com a queixa, a que a publicação norte-americana teve acesso, foram alegadas razões religiosas, segundo as quais o professor defendeu que "Deus criou os homens como homens e mulheres, que os géneros não são mutáveis desde o momento da conceção e que não se podem alterar".
Recorde-se que, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, "sexo" e "género" podem ser distintos na mesma pessoa. De acordo com a organização, sexo refere-se às "diferentes características biológicas e psicológicas de homens e mulheres, tais como orgãos reprodutivos, cromossomas ou hormonas". Por outro lado, o género refere-se às "características socialmente construídas dos homens e mulheres - tais como normas, papéis e relações entre grupos de homens e mulheres. Varia entre sociedades e podem alterar-se. O conceito de género inclui cinco elementos importantes: relacional, hierárquico, histórico, contextual e institucional".
Ao longo da vida, explica a OMS, as pessoas são ensinadas como devem interagir com pessoas de acordo as 'normas' da família, comunidade ou locais de trabalho. "Quando os indivíduos ou grupos não se "enquadram" nas normas estabelecidas, acabam por enfrentar estimas, discriminação ou exclusão social - tudo isto afeta de forma negativa a saúde", recorda a organização.
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