Trump ouve sermão de bispa durante missa: "Existem crianças gays, lésbicas e transgénero que temem pelas suas vidas"

8 months ago 139
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Presidente voltou à Casa Branca pouco depois de ouvir a reverenda Mariann Budde apelar a uma mudança nas políticas que estão a visar a comunidade LGBTQ+ e os imigrantes. Questionado sobre o que achou, disse apenas que "podiam ter feito muito melhor"

Um dia depois de assinar ordens executivas que deliberam a existência de apenas dois sexos (masculino e feminino) e leis mais agressivas para os imigrantes (os que já lá estão e os que queriam estar), Donald Trump teve de ouvir um autêntico sermão na Catedral Nacional de Washington.

24 horas depois de jurar cumprir a Constituição e anunciar aquelas mesmas medidas, o presidente dos Estados Unidos marcou presença numa missa em Washington DC, onde a reverenda Mariann Budde, bispa episcopal da cidade, fez pedidos claros ao novo chefe de Estado.

“Sentiu a mão providencial de um Deus amoroso. Em nome de Deus, peço-lhe que tenha misericórdia sobre as pessoas do nosso país que estão assustadas neste momento”, disse, numa clara alusão à invocação feita por Donald Trump na tomada de posse, quando disse que tinha sido Deus a evitar a sua morte no atentado ocorrido na Pensilvânia.

E essas pessoas, concretizou Mariann Budde, são as que pertencem à comunidade LGBTQ+, mas também os imigrantes, nomeadamente os ilegais.

"Deixe-me fazer um apelo final, senhor presidente. Milhões colocaram a sua fé em si. Existem crianças gays, lésbicas e transgénero em famílias democratas, republicanas e independentes, algumas delas temem pelas suas vidas", sublinhou.

Sobre os imigrantes, a bispa lembrou que são eles que "fazem as colheitas e limpam os nossos edifícios", são eles que "lavam os pratos depois de comermos nos restaurantes e trabalham em turnos de noite nos hospitais".

"Podem não ser cidadãos ou ter a documentação legalizada, mas uma grande maioria de imigrantes não são criminosos", acrescentou.

Sempre com um ar de desaprovação e, em alguns momentos, visível jocosidade, Donald Trump teve de ouvir a reverenda dizer que aquela missa buscava uma “reza pela união como um povo e como uma nação - não por acordos, políticos ou de outra índole - mas pelo tipo de união que promove a comunidade através da diversidade e divisão”.

“A união não é facciosa”, reiterou Mariann Budde.

Donald Trump, a família e JD Vance em missa na Catedral Nacional de Washington (Evan Vucci/AP)

De regresso à Casa Branca, Donald Trump foi inevitavelmente questionado sobre o que aconteceu na igreja. “Não foi muito excitante, pois não? Penso que não foi uma boa missa. Podiam ter feito muito melhor”, atirou, depois de uma missa que também teve representantes de outras religiões como oradores.

Na missa, além de grande parte da família, estiveram ao lado de Donald Trump o vice-presidente, JD Vance, e o secretário de Estado, Peter Hegseth.

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