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A controvérsia envolvendo a questão de gênero dos atletas em competições esportivas ganhou um novo capítulo na semana passada. A nadadora transgênero Lia Thomas teve seu pedido para disputar uma vaga de participação nos Jogos Olímpicos de 2024 negado. A atleta questionava a legalidade das normas impostas pela Federação Internacional de Esportes Aquáticos (FIEA) para inscrições na categoria feminina.
Thomas alegava que, ao negar sua inscrição nas provas, a entidade estaria violando seus direitos. O impasse começou porque a FIEA tem como norma aceitar como participantes das seletivas femininas apenas atletas trans que não tenham passado pela puberdade como meninos. Isso significa possuir maior nível de i testosterona no organismo. O objetivo é manter a competitividade do esporte.
Thomas realizou sua transição apenas em 2019, quando tinha 20 anos. Dessa forma, estaria inapta a disputar uma vaga nos Jogos Olímpicos de Paris,na categoria feminina, informou o jornal britânico The Guardian.
Inconformada com a decisão, a nadadora entrou com uma ação no Tribunal Arbitral do Esporte (CAS) para tentar impor à entidade a aceitação dela como uma das competidoras por uma vaga nos jogos. Ao analisar o caso, os juízes entenderam que Thomas não tem o direito de fazer tal pedido.
A decisão sustenta que as exigências da FIEA não ferem nenhum direito civil da nadadora, tampouco ameaça sua dignidade. Sendo assim, indeferiu o caso.