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O Tribunal do Júri começa a julgar, nesta terça-feira (5), no Fórum de Araraquara, o quarto réu pela morte da travesti Bruna Torres, que tinha 26 anos na época do crime. O homicídio ocorreu em setembro de 2019, na Vila Furlan.
Ederson Luiz Soares Pereira, conhecido pelo nome social de Lívia, foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo por homicídio qualificado, por motivo torpe, emprego de tortura e emboscada, e ocultação de cadáver.
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Segundo a investigação, conduzida pela DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de São Carlos, Lívia era gerente de uma casa de prostituição na qual a vítima trabalhava e estaria envolvida diretamente no crime.
Cinco pessoas foram arroladas para testemunhar no julgamento, como o delegado da DIG, Gilberto de Aquino, policiais civis e uma amiga da vítima, que também trabalhava na casa de prostituição e teria sido agredida pelos réus um dia antes do crime.
O acidade on procurou o advogado que representa Lívia no processo, mas não teve retorno.
OUTROS RÉUS
Em abril de 2023, o Tribunal do Júri condenou Tiago Augusto Chiarelli, a Tamy, que continua foragida, a 22 anos e seis meses de prisão, e Dionathas Batista Oliveira a 25 anos e seis meses por homicídio qualificado, por motivo torpe, emprego de tortura e emboscada, e ocultação de cadáver.
Já Caio Augusto Rodrigues Oliezer foi absolvido duas vezes das acusações. Primeiro, no Júri com os demais réus e, depois, em setembro do ano passado, após o Tribunal de Justiça de São Paulo atender a pedido do MP e anular o julgamento, por entender que a decisão dos jurados havia contrariado a prova constante nos autos.
Segundo a investigação, Tamy e Caio eram proprietários da casa de prostituição, da qual Lívia era gerente, e teriam contratado Dionathas para cometer o crime após um desentendimento com a vítima.

O CRIME
O corpo de Bruna Torres, na época com 26 anos, foi encontrado com sinais de violência, com as mãos e pés amarrados às margens da Rodovia Deputado Vicente Botta (SP-215), próximo ao trevo da entrada do bairro Cidade Aracy, em São Carlos.
Na ocasião, o delegado da DIG, Gilberto de Aquino, disse que o crime ocorreu em uma pensão onde travestis ficavam hospedadas, na Vila Furlan, em Araraquara. Na sequência, o corpo foi abandonado na cidade vizinha.
Na pensão, os investigadores encontraram fios de cabelo e manchas de sangue espalhados em alguns cômodos. Também foram apreendidos objetos que demonstraram que a vítima devia R$ 800 para uma cafetina.
Vizinhos relataram à polícia que escutaram uma discussão e barulho de móveis sendo arrastados na pensão na madrugada do dia 15 de setembro.
Bruna Torres, como era conhecida nas redes sociais, era natural de Manaus, no Amazonas. O corpo dela foi levado até sua cidade na natal após ajuda de amigos.