Reclusa transexual regressa a prisão masculina. Guardas prisionais falam em "alívio enorme"

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Segurança

07 nov, 2025 - 19:20 • Ana Fernandes Silva

Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional fala de "vitória" após reclusa ter pegado fogo a cela em prisão feminina. Frederico Morais revela que reclusa "estava a pôr em causa a segurança do Estabelecimento Prisional de Tires".

A reclusa transexual que pegou fogo a uma cela na cadeia feminina do Estabelecimento Prisional de Tires vai voltar para uma cadeia masculina depois de vários episódios de violência.

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Raquel protagonizou vários comportamentos agressivos no Estabelecimento Prisional de Tires e, por isso, foi transferida novamente e está agora no Estabelecimento Prisional de Monsanto.

Em entrevista à Renascença, o presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP) explica que "estava a pôr em causa a segurança do estabelecimento prisional de Tires".

Frederico Morais conta que os casos de violência estavam a causar insegurança nas diferentes prisões pelas quais Raquel – antes Miguel – passou. "Da primeira vez, agrediu a companheira de cela na cadeia de Santa Cruz do Bispo, foi colocado na cela disciplinar e, na cela disciplinar, ele queria voltar a ser homem. Foi quando ele começou com a história de que queria voltar a ser homem e foi aí que agrediu um colega meu com bastante violência. Foi necessário ir ao hospital, um guarda masculino", relata.

"Fizemos muita pressão sobre a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais porque não podia continuar em Santa Cruz do Bispo. Estava a criar muito mau ambiente e as guardas prisionais estavam com receio de trabalhar lá porque ela era agressiva", refere. Foi nessa altura que Raquel foi transferida para a cadeia de Tires.

A reclusa "começou a insultar" guardas prisionais e "a ameaçá-las verbalmente", até que chegou o dia em que "passou-se da cabeça, ameaçou as guardas durante o recreio" e, quando foi fechada na cela, "chegou fogo".

O presidente do SNCGP sublinha que "foi necessária muita pressão sobre o Governo e a Direção-Geral no sentido de transferir o recluso para a cadeia de Monsanto para cumprir os respectivos castigos que já trazia acumulados do passado e devolver a segurança ao estabelecimento prisional".

Os guardas chegaram a ameaçar paralisar. "Se não a transferissem, se não resolvessem este problema, Tires iria entrar em greve o mais rápido possível", afirma.

"Um alívio enorme"

Raquel está agora na prisão de Monsanto, "a única cadeia do país que permite o isolamento total dos reclusos, por ser uma cadeia de segurança especial. É considerada a cadeia de alta segurança do país".

Lá, os reclusos estão "completamente isolados, têm celas individuais e só têm duas horas de céu aberto. Nas restantes 22 [horas] são fechados e todos os movimentos são acompanhados por dois guardas".

Para Frederico Morais, esta transferência é como uma "vitória".

"Sinto um alívio enorme de conseguirmos que as minhas colegas hoje trabalhem em segurança", admite.

"Eu sei que as minhas colegas amanhã irão trabalhar em segurança naquele setor", conclui o presidente do sindicato.

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