Reclusa trans volta a prisão masculina após desacatos na cadeia feminina de Tires

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Raquel já tinha sido transferida de Santa Cruz do Bispo por episódios de violência. Agora vai para Monsanto depois de o sindicato dos guardas prisionais ter ameaçado avançar com uma greve

A reclusa que adotou vários comportamentos agressivos no Estabelecimento Prisional de Tires foi transferida novamente, encontrando-se agora no Estabelecimento Prisional de Monsanto - uma prisão masculina -, depois de já ter sido transferida anteriormente por comportamentos agressivos.

A mulher adotou vários comportamentos agressivos, tendo agredido pelo menos sete guardas e pegado fogo à cela. Tudo isto depois de ter sido inicialmente transferida da cadeia de Santa Cruz do Bispo, onde tinha sido colocada há dois anos, depois de ter feito uma mudança de sexo.

Tudo isto aconteceu depois de uma mudança de sexo que aconteceu apenas no papel, com Miguel a passar a chamar-se Raquel, mas sem fazer quaisquer tratamentos hormonais ou recorrer a uma operação para mudança de sexo.

Os guardas acreditam que essa mesma mudança de sexo só aconteceu para que a mulher pudesse ser transferida de uma prisão de homens para uma prisão de mulheres.

Só que os recorrentes problemas disciplinares - agressões constantes a outras reclusas e até a guardas - levaram a uma situação insustentável. A revolta maior aconteceu quando outras presas souberam que Raquel seria colocada na Casa das Mães, juntamente com outras crianças, tratando-se de uma mulher com um extenso cadastro criminal e que passou os últimos 35 anos a entrar e a sair da prisão.

Perante essa revolta, o Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP) chegou mesmo a admitir avançar para uma greve caso o Ministério da Justiça ou a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) não tivessem uma intervenção urgente.

Essa mesma ameaça levou a que a reclusa fosse novamente transferida para uma cadeia masculina, desta vez para o Estabelecimento Prisional de Monsanto, que é de alta segurança, e para onde foi escoltada por guardas da prisão de Tires.

Contactado pela CNN Portugal, o presidente do SNCGP, Frederico Morais, elogia a decisão tomada pela ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, e pela DGRSP, num assunto que se considerava ser de urgente resolução.

O mesmo sindicato já tinha denunciado várias vezes o caso, considerando que Raquel teria usado o direito à mudança de sexo para simplesmente evitar o sistema prisional masculino, sendo assim colocada numa cadeia feminina.

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