Polícia segue em busca do suspeito de matar a facadas uma mulher trans na Zona Sul de SP - G1

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Vitória Rodrigues tinha 30 anos e planejava reencontrar a família no Ceará depois de 17 anos; o corpo dela foi encontrado na madrugada do último sábado (23) na Alameda do Uapês, no Planalto Paulista.

Corpo de mulher trans assassinada a facadas foi encontrado na Zona Sul de SP, neste sábado (23)

Corpo de mulher trans assassinada a facadas foi encontrado na Zona Sul de SP, neste sábado (23)

A Polícia Civil de São Paulo segue em busca do suspeito de matar a facadas uma mulher transexual no último sábado (23), na Zona Sul da capital. O corpo de Vitória Rodrigues, que tinha 30 anos, foi encontrado na região do Planalto Paulista, próximo ao Aeroporto de Congonhas.

Ainda sem pistas, as autoridades policiais continuam fazendo buscas e ouvindo depoimentos de testemunhas e de pessoas que conheciam a vítima.

Uma amiga contou que ela era natural do Ceará, mudou-se para São Paulo quando tinha apenas 14 anos, não tinha parentes na capital e se mantinha financeiramente por meio da prostituição. Segundo ela, na sexta-feira (22), Vitória saiu no carro de um cliente, que supostamente a teria jogado na rua em que foi encontrada morta.

No final deste ano, ela planejava voltar ao seu estado para reencontrar a família depois de 17 anos. Agora, os familiares estão com dificuldades financeiras em fazer o transporte do corpo da mulher.

"Infelizmente, somos o país que mais mata LGBTI+ no mundo. Não podemos ficar calados diante dessas situações. Estamos indignados, tristes em lamentar todas essas mortes. A gente vê os tais governantes sem tomar providência em relação a isso", apontou Agripino Magalhães, integrante da ONG Aliança Nacional LGBTI.

De acordo com a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), a pandemia piorou as condições de vida da população trans, principalmente pra quem vive da prostituição, que é o caso da maioria das vítimas de assassinatos.

No primeiro semestre de 2021, segundo a Antra, 80 pessoas trans foram mortas. Entre essas vítimas, a maioria tinha menos de 35 anos, que é considerada a expectativa de vida dessa população no país. No ano passado, foram 175 assassinatos.

Informações relacionadas ao caso podem ser encaminhadas ao Disque Denúncia no telefone 181. Não há necessidade de identificação.

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