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À Banda B, o pai disse que não sabe como vai ser esse momento do encontro com os agressores. Ele disse que o filho não superou agressão que sofreu
Por Lucas Sarzi e Antônio Nascimento em 24 de janeiro, 2023 as 15h34.
A Polícia Civil identificou o casal que agrediu um jovem autista dentro de um ônibus do transporte público de Curitiba. O crime aconteceu no dia 30 de novembro do ano passado e o rapaz, de 24 anos, teve o nariz quebrado. Tudo aconteceu porque ele olhou para trás e o casal achou que ele estava os encarando.

Segundo o pai do rapaz, foi marcada uma audiência, no dia 16 de março, no Fórum de Santa Felicidade sobre o caso. À Banda B, o pai disse ainda não saber como vai ser esse momento.
“Ainda não sei, fica uma situação bem complicada, porque certamente deve ser uma pessoa que tem algum problema, e mesmo que não tenha vai dizer que tem, não sei como pai qual vai ser a reação ao ver esse casal. A vontade de chegar e quebrar o nariz deles, como eles fizeram com meu filho, é grande, mas é óbvio que isso eu jamais faria”.
No final do ano passado, o rapaz chegou a ser chamado na delegacia depois que os investigadores conseguiram as imagens das câmeras de segurança que mostravam o casal. O jovem reconheceu o casal.
O pai contou à reportagem que o casal foi ouvido. Segundo o que a família soube pelo setor de investigação, os dois suspeitos confessaram a responsabilidade do crime.
“Eles foram ouvidos, e admitiram que foram eles que fizeram aquilo com meu filho. Mas pelo que estou percebendo, o delegado não está tratando a situação como um caso de autista, está tratando como uma briga de ônibus normal. Ele sequer conversou com a gente, só a escrivã que falou com a gente. A impressão que eu tenho é que não estão lidando com a situação como deveriam”.

O jovem, que passou em doutorado e está estudando atualmente, ainda não se recuperou da agressão que sofreu. Isso porque, por ser autista, o potencial da situação se elevou para ele.
“Quando a gente fala do assunto ele fica bem agitado, se fecha, temos que conversar bastante com ele. Eu diria que superar totalmente ele não superou ainda. A gente até evita falar certos assuntos perto dele porque gera desconforto emocional nele mesmo”.
A reportagem da Banda B entrou em contato com a Polícia Civil e aguarda retorno.