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Crimes ocorreram em 2018, quando Pâmela e os outros réus teriam roubado o celular de uma travesti e a agredido. Defesa de Volp diz que condenação é uma 'farsa'.
A ex-vereadora Pâmela Volp teve outra prisão preventiva decretada por mandar matar detento na penitenciária — Foto: PREP
Pâmela Volp e mais duas pessoas foram condenadas em primeira instância a 10 anos e 10 meses de prisão por roubarem o celular de uma travesti e a agredirem em Uberlândia. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) havia denunciado o trio pelo crime, que ocorreu em 2018.
Conforme a denúncia apresentada pelo MPMG, o inquérito da Polícia Civil apontou que o trio agrediu com uma barra de ferro uma travesti que fazia programa no Bairro Marta Helena, supostamente sem a autorização de Volp.
Em seguida, Pâmela teria levado o celular da vítima, que teve diversos ferimentos e recebeu atendimento médico.
Pâmela Volp está presa há mais de um ano devido à operação "Libertas", que investigava a exploração sexual de travestis e transexuais. Além da condenação, o juiz Márcio José Tricotti determinou o pagamento de multa para os três réus.
Ao g1, a defesa de Pâmela Volp declarou que a condenação de Pâmela é uma "farsa" e que espera que ela seja revertida. Veja a nota na íntegra no fim desta matéria.
- Pâmela Volp é suspeita de comandar um esquema criminoso desde 1992. Entre os delitos cometidos pela quadrilha estão: associação criminosa, exploração sexual, manutenção de casa de prostituição, roubo, lesão corporal, homicídio, constrangimento ilegal, ameaça, posse e porte de arma de fogo.
- Ela também investigada por uma tentativa de homicídio dentro do presídio de Uberlândia I. O crime ocorreu no dia 10 de fevereiro de 2022, no pavilhão LGBTQIA+. De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Pamela Volp ordenou a outros cinco presos que espancassem um interno. Segundo as provas colhidas, a vítima havia pegado alguns cigarros de Volp, que revidou com a ordem para matar o preso;
- Sobre esse caso, três dos seis réus foram acusados com base no crime de homicídio qualificado por motivo fútil e dificultando a defesa da vítima. Já Pâmela e outros dois foram acusados pelo crime de fraude processual;
- Em novembro de 2022, uma audiência de instrução ouviu testemunhas na investigação de estupro envolvendo a ex-vereadora Pâmela Volp, também dentro da Penitenciária de Uberlândia I.
- Além disso, no dia 16 de maio, detentos da ala LGBTQIAP+ da penitenciária fizeram um boletim de ocorrência, informando à Polícia Penal que Pamela Volp havia criado um sistema de extorsão dentro da unidade prisional. Na ocasião, a Polícia Penal apurou que Volp vendia produtos como cigarros, material de limpeza, comida e estabelecia juros para os “clientes”, desde fevereiro;
- Ainda conforme a ocorrência, se a pessoa não pagasse, poderia sofrer diversos tipos de punição, como perder a alimentação fornecida pela penitenciária e até agressão, como alguns detentos relataram.
Ex-vereadora Pâmela Volp — Foto: Aline Rezende/Câmara de Uberlândia/Divulgação
"Em 27 anos de profissão, é a primeira vez que vejo uma sentença em que se condena alguém por roubo, não tendo a "vitima", comprovado que tinha o que alega ter sido subtraído. A promotoria diz que as vítimas não têm que fazer provar, logo, se para eles as vítimas de crimes patrimoniais não precisam provar que tinham o bem, fica entendido porque as denúncia são distorcidas, o que não difere da sentença. Uma farsa alimentada por inverdades e manipulação,que, seguramente, haverá de ser revertida ao seu tempo", informa nota assinada pelo advogado Rogério Oliveira.
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