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Testemunhas e a vítima também prestaram depoimentos. Crime ocorreu em fevereiro deste ano. Ex-vereadora foi acusada pelo crime de fraude processual.
A ex-vereadora Pâmela Volp teve outra prisão preventiva decretada por mandar matar detento na penitenciária — Foto: PREP
Pâmela Volp e mais cinco réus acusados de uma tentativa de homicídio qualificado, cometido dentro da Penitenciária de Uberlândia I, foram ouvidos em uma audiência realizada na terça-feira (22). Além deles, seis testemunhas e a vítima do crime também foram ouvidas.
A vítima foi fortemente espancada mediante chutes, socos, "chegando ao ponto de um preso subir em um beliche e pular duas vezes contra o peito da vítima, que já estava no chão desmaiada", informou o Ministério Público há época.
Três dos réus foram acusados com base no crime de homicídio qualificado por motivo fútil e dificultando a defesa da vítima. Já Pâmela e os outros dois foram acusados pelo crime de fraude processual, Artigo 347 do Código Penal:
"Inovar artificiosamente, na pendência de processo civil ou administrativo, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim de induzir a erro o juiz ou o perito".
A TV Integração procurou a defesa da ex-vereadora, que preferiu não se posicionar. O próximo passo será a pronúncia do juiz para saber se o caso vai ou não ao Tribunal do Júri.
Pâmela está presa há um ano, devido à Operação Libertas, que investigava a exploração sexual de travestis e transexuais.
Presídio de Uberlândia I antigo Professor João Pimenta da Veiga , foto de 29/12/2021 — Foto: TV Integração/Reprodução
Ainda conforme a ocorrência, se a pessoa não pagasse, poderia sofrer diversos tipos de punição, como perder a alimentação fornecida pela penitenciária e até agressão, como alguns detentos relataram.
Durante as buscas pela cela de Pâmela Volp, foram encontrados diversos produtos de limpeza, cigarros e doces, que foram recolhidos e entregues para a Polícia Militar (PM). Uma das vítimas, de 24 anos, declarou ter sido agredida por duas pessoas a mando da ex-vereadora. O motivo é que Pâmela criou um teste para identificar se homossexuais presos da ala LBTQIA+ eram "passivos ou ativos" e essa vítima se recusou a fazê-lo, sofrendo as agressões.
Volp também já foi denunciada pelo Ministério Público por uma tentativa de latrocínio ocorrida em 2018 contra uma travesti. Ela também é suspeita de comandar um esquema criminoso desde 1992. Entre os delitos cometidos pela quadrilha estão: associação criminosa, exploração sexual, manutenção de casa de prostituição, roubo, lesão corporal, homicídio, constrangimento ilegal, ameaça, posse e porte de arma de fogo.
Ex-vereadora Pâmela Volp — Foto: Aline Rezende/Câmara de Uberlândia/Divulgação
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