Operação 'Libertas': Paula Coco e Pâmela Volp têm prisões decretadas por extorquir travesti em Uberlândia - G1

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A operação 'Libertas' cumpriu nesta terça-feira (7) mais um mandado de prisão, dentro das investigações do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) que apuram crimes cometidos por um grupo que seria comandado pela ex-vereadora Pâmela Volp.

A ação coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) em Uberlândia ocorreu em Criciúma (SC) e prendeu Paula Florentino, mais conhecida como Paula Coco, pelo crime de extorsão qualificada.

Coco já havia sido presa provisoriamente na segunda fase da operação, estava em liberdade e agora foi presa preventivamente.

Ainda nesta terça, Pâmela Volp teve a prisão preventiva novamente decretada em novo processo, agora pelo mesmo crime de Coco.

Pâmela e a filha, Paula Volp, já tinham sido denunciadas pelo MPMG, na mesma operação, por uma tentativa de latrocínio ocorrida em 2018 contra uma travesti, em Uberlândia.

Segundo o promotor de Justiça que comanda as investigações, Thiago Ferraz de Oliveira, 3 dias antes da Libertas ser deflagrada em Uberlândia, Pâmela Volp e Paula Coco foram até o Bairro Dona Zulmira e, munidas de barras de ferro e revólver, constrangeram uma travesti a pagar diária sobre o ponto de prostituição.

Ainda segundo Oliveira, havia uma terceira pessoa que ficou no carro, mas que ainda não foi identificada.

Entre os delitos cometidos pela quadrilha estão: associação criminosa, exploração sexual, manutenção de casa de prostituição, roubo, lesão corporal, homicídio, constrangimento ilegal, ameaça, posse e porte de arma de fogo.

Ainda segundo o Ministério Público, há relatos de que o esquema criminoso tenha iniciado em 1992 e, assim, já dura há quase 30 anos.

O g1 procurou a defesa de Pâmela Volp e aguarda retorno. A reportagem não conseguiu localizar a defesa de Paula Coco.

A operação Libertas teve início no dia 8 de no dia 8 de novembro com a prisão de Pâmela e Paula Volp, além de Lamar Bionda. Esta última foi colocada em liberdade.

Durante a Operação "Caraxué", da Polícia Federal, desencadeada em outubro de 2006, foram presas 9 pessoas em Uberlândia, Florianópolis (SC) e Franca (SP). Na ação, a polícia encontrou 12 travestis que se prostituíam em uma casa de Volp no Bairro Chácaras Tubalina.

Em 2014, a ex-vereadora foi condenada, junto a outras 6 pessoas, pela Justiça Federal por envolvimento com o tráfico internacional de pessoas. Conforme a decisão, o esquema envolvia o "comércio" de travestis e mulheres para países como a Itália e a Espanha.

Na época, Volp e outras 2 pessoas foram apontadas pela Justiça como chefes do esquema e foram condenadas a cumprir a pena em regime fechado. Além disso, 4 pessoas tiveram penas entre 6 e sete 7 no regime semiaberto. No entanto, a ex-vereadora recorreu da decisão e o caso foi para segunda instância.

No julgamento em segunda instância, ela foi absolvida pelos crimes de tráfico de pessoas e rufianismo - quando a pessoa toma vantagem da prostituição alheia. Porém, Pâmela foi condenada pela pena mínima pelo crime de favorecimento à prostituição.

Volp ainda teve o nome ligado na Operação “Má Impressão”, desencadeada pelo Gaeco em 2019, que apurou um esquema de desvio de verbas indenizatórias por meio da contratação de serviços gráficos. Em 2020, ela teve o mandato cassado na Câmara Municipal de Uberlândia.

OPERAÇÃO 'LIBERTAS: GAECO LIGA EX-VEREADORA DE UBERLÂNDIA PÂMELA VOLP A ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA

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