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Desdobramento ocorre na manhã desta terça-feira (15). As travestis e transsexuais são ouvidas para saber também se elas querem deixar os locais e saírem da vida que estão levando.
Equipes durante ação na 6ª fase da Operação "Libertas" em Uberlândia — Foto: Michele Ferreira/g1
A 6ª fase da operação "Libertas" é realizada durante a manhã desta terça-feira (15), em Uberlândia. O foco desta fase é resgatar travestis e transsexuais que são vítimas de trabalho escravo na cidade e também fornecer possibilidades para elas terem independência.
As ações são realizadas em diversos pontos das cidades e conta com equipes do Ministério Público do Trabalho (MPT), do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e da auditoria fiscal do trabalho.
As travestis e transsexuais são ouvidas para saber também se elas querem deixar os locais e saírem da vida que estão levando.
A 5ª fase foi deflagrada no dia 15 de fevereiro. Na ocasião, foi apurada a situação de trabalho análogo à escravidão de travestis e transexuais na cidade.
Nove endereços que serviam como pensões foram inspecionadas pela força-tarefa. As residências ficam nos bairros Santa Mônica, Tibery, Centro, Nova Uberlândia, Umuarama e Minas Gerais.
RELEMBRE:
De acordo com o promotor do Gaeco, Thiago Ferraz, essa fase da operação visou trazer o enfoque para a situação de trabalho das transexuais e travestis em Uberlândia, após uma prova produzida pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
Ex-vereadora Pâmela Volp, foto de arquivo — Foto: Aline Rezende/Câmara de Uberlândia/Divulgação
No dia 8 de novembro de 2021, a exploração sexual de travestis e transexuais foi alvo de investigação na cidade. Na época, o Gaeco deflagrou a 1ª fase da Operação "Libertas", que visava combater uma organização criminosa e, entre os alvos estavam a ex-vereadora Pâmela Volp, a filha, Paula Volp e Lamar Bionda.
Posteriormente, outras três fases da ação foram realizadas. Uma delas resultou na prisão de Paula Coco. E entre os mandados de busca e apreensão, um dos locais foi um mausoléu da família de Pâmela Volp na cidade de Tupaciguara.
Durante a investigação, Pâmela e a filha, Paula Volp, foram denunciadas pelo MPMG, na mesma operação, por uma tentativa de latrocínio ocorrida em 2018 contra uma travesti, em Uberlândia.
Entre os delitos cometidos pela quadrilha estão: associação criminosa, exploração sexual, manutenção de casa de prostituição, roubo, lesão corporal, homicídio, constrangimento ilegal, ameaça, posse e porte de arma de fogo.
Ainda segundo o MPMG, há relatos de que o esquema criminoso tenha iniciado em 1992 e, assim, já dura 30 anos.
OPERAÇÃO 'LIBERTAS: GAECO LIGA EX-VEREADORA DE UBERLÂNDIA PAMELA VOLP A ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA
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