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Tyler Robinson, suspeito de ter alvejado o ativista conservador Charlie Kirk, vivia com homem em processo de transição de género com quem as autoridades acreditam que mantinha uma relação amorosa.

▲Tyler Robinson teria uma relação amorosa com Lance Twiggs, um homem que está em processo de mudança de género.
▲Tyler Robinson teria uma relação amorosa com Lance Twiggs, um homem que está em processo de mudança de género.
Tyler Robinson, o homem de 22 anos que é suspeito de ter alvejado o ativista conservador Charlie Kirk, partilhava um apartamento com uma pessoa transgénero – um homem que está a fazer uma mudança de género, para mulher. Segundo a imprensa norte-americana, este homem que a polícia acredita que tinha uma relação amorosa com o suspeito, está “chocado” e tem colaborado muito ativamente com a investigação (o que contrasta com a falta de colaboração por parte do presumível atirador), mas está em cima da mesa a possibilidade de vir também a ser investigado como eventual cúmplice.
O portal Axios cita seis fontes próximas do processo que indicam que as autoridades estão a investigar se Tyler Robinson considerava as opiniões de Charlie Kirk “odiosas” em relação às pessoas transgénero. A confirmar-se esse cenário, esse é um dado que poderá explicar o motivo que levou o jovem de 22 anos a cometer o crime que abalou a sociedade norte-americana nas últimas semanas, dada a popularidade do ativista assassinado em público.
Cerimónia de celebração da vida de Charlie Kirk no estádio dos Arizona Cardinals, no próximo domingo
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No último sábado, a organização fundada por Charlie Kirk – a Turning Point USA – anunciou que vai haver no próximo fim de semana um cerimónia de celebração da vida de Kirk.
A cerimónia irá acontecer no domingo, 21 de setembro, em Glendale, Arizona, no Estádio State Farm, o estádio onde joga a equipa de futebol americano Arizona Cardinals.
O recinto tem capacidade para 63 mil pessoas, segundo o site do estádio.
A imprensa norte-americana, para já, não avança dados concretos sobre este cenário apontado pelas fontes citadas pelo Axios. Mas uma fonte do FBI disse à Fox News que as autoridades não estão a limitar-se a uma investigação centrada apenas em Tyler Robinson. “Cada ligação, cada grupo, cada elo será investigado e qualquer pessoa envolvida no crime, em qualquer parte do mundo, será levada à justiça”, afirmou esse responsável do FBI.
Para já, este filão de investigação está a levar as autoridades até esse presumível namorado, que não é identificado publicamente pelas autoridades mas que vários jornais norte-americanos já disseram tratar-se de Lance Twiggs. admitem que o “ódio” do namorado transgénero em relação aos conservadores pode ter encorajado Tyler Robinson a avançar com o ataque.
Também à Fox News, uma familiar de Lance Twiggs confirmou que o presumível namorado de Tyler Robinson partilhava uma casa com o suspeito – considerando-o a “ovelha negra” de uma família maioritariamente conservadora. Lance Twiggs, que também tem 22 anos, “odeia conservadores e cristãos”, revelou essa familiar citada pela Fox News mas que não é identificada.
“Ele odeia-nos, ele não foi criado dessa forma mas, ao longo dos anos, tornou-se muito desligado e radicalizado”, afirmou essa fonte, acrescentando que o alegado “ódio” de Lance Twiggs em relação aos conservadores “ficou progressivamente pior nos últimos anos” e que o jovem “estava sempre muito zangado“.
Lance Twiggs está no processo de transição de género, para mulher. Além disso, é descrito como um jogador ávido de videojogos que quer tornar-se jogador profissional. “Eu penso que o Tyler ficou muito pior ao longo deste ano em que eles estavam a namorar“, acrescentou a familiar de Lance Twiggs, confirmando que conhece o suposto atirador e que os dois não eram apenas companheiros de casa.
“Eles são muito fãs de videojogos e, naturalmente, têm esse grupo que os influencia, bem como outros. Mas o meu instinto diz-me que [Lance Twiggs] o influenciou ainda mais“, rematou essa fonte citada pela Fox News.
Todos na minha família querem que se faça justiça, não querem ter qualquer envolvimento neste caso e querem que quem está envolvido, de alguma forma, pague por isso”, acrescentou a mesma mulher, que é da família do jovem Lance Twiggs.
De acordo com a imprensa norte-americana, Lance Twiggs tem garantido às autoridades que “não fazia ideia” de que Tyler Robinson tinha planos de levar a cabo este ataque. Está, segundo a mesma informação, a ser “extremamente colaborativo” com a investigação, inclusivamente tendo já partilhado mensagens privadas que recebeu do homem com quem dividia um apartamento no Utah, perto de onde residem as famílias de ambos.
O Governador do Utah, Spencer Cox, disse neste domingo que o suspeito do assassinato de Charlie Kirk “não está a colaborar” com as autoridades e ainda não confessou a autoria do crime. O republicano adiantou, porém, que “todas as pessoas à sua volta estão a colaborar”, algo que tem sido “muito importante” – o que será uma referência a Lance Twiggs e, eventualmente, outras pessoas, incluindo o pai de Tyler Robinson, que o terá incentivado a entregar-se.
De resto, uma avó de Tyler Robinson, descrita pelo Daily Mail como a matriarca da família, disse que o neto “nunca” falava sobre política e é “o miúdo mais tímido que se pode imaginar”. A avó diz-se convencida de que as autoridades apanharam a pessoa errada e “muito confusa” com tudo o que está a acontecer.
“O meu filho, o pai dele, é um republicano apoiante de Trump, a maior parte das pessoas da minha família é apoiante do partido republicano, não conheço um único que seja do partido democrata”, acrescentou Debbie Robinson, que tem 69 anos. Quanto a Tyler Robinson, o neto, a mulher diz que “ele nunca, mas nunca, falou de política comigo – de todo” e “nunca sequer disparou uma arma na vida, que eu saiba, nem sequer gosta de caçar”.
O governador do Utah disse, ainda, que “havia claramente uma ideologia esquerdista” associada ao assassinato de Kirk. E afirmou mesmo, com base em familiares e no seu parceiro, que a ideologia política de Tyler Robinson era “muito diferente” daquela que tinha a sua família conservadora.
“Estamos a tirar muitas conclusões sobre como alguém assim poderia se radicalizar”, disse, sem avançar mais detalhes. “Certamente, haverá muito mais informação a ser divulgada nos documentos de acusação, à medida que forem reunindo tudo isso”, afirmou, antecipando a acusação que será conhecida na terça-feira.