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Uma mulher transgênero, de 22 anos, foi ajudada por populares que chamaram a Guarda Municipal, ao verem ela ser agredida pelo companheiro, na Vila Santa Clara, em Itatiba, no início da madrugada desta terça-feira (22). Enquanto ela gritava por socorro, o namorado a agredia com socos e chutes, logo após ela sair do trabalho. A GM deteve o companheiro da vítima, que no ano passado já havia sido detido por agressão contra ela, a deixando em estado grave - na ocasião ela não quis que ele fosse preso.
A vítima havia acabado de sair do trabalho, quando foi surpreendida pelo companheiro, bastante agressivo, que tentou lhe dar um chute. Ela desviou, mas não escapou de um soco no queixo. Aos gritos de socorro, ela conseguiu ajuda de populares, que chamaram a Guarda. Quando a GM chegou, ele negou as agressões. Porém, deixou claro que, se fosse preso, iria matá-la quando saísse da cadeia.
Ambos foram levados para o Plantão Policial, onde ele se negou a prestar depoimento ou assinar qualquer registro da ocorrência.
Já a vítima, em seu depoimento ao delegado Rodrigo Carvalhaes, pediu não só a prisão dele, como requereu medida protetiva e disse que tem medo de ser morta. "Eu tenho um relacionamento muito complicado com meu parceiro. Ano passado ele me agrediu covardemente com muita violência, fiquei em estado grave. Na ocasião não solicitei medida protetiva porque ele, dependente químico, prometeu que iria se tratar. E de fato ele melhorou, mas agora voltou a ficar muito agressivo. Hoje eu estava saindo do trabalho, caminhando para minha casa, quando ele apareceu e tentou me dar um chute. Eu consegui desviar, mas na sequência ele me deu um soco na região do queixo, que me acertou", contou ela, que completou. "Nesse momento eu comecei a gritar por ajuda e tinha quatro homens na rua que tentaram me ajudar. A Guarda foi acionada e chegou rapidamente, mas as testemunhas já haviam ido embora. Eu tenho medo de morrer, meu parceiro é muito violento e está piorando rapidamente. Desta vez eu quero ele preso e quero medida protetiva, não tenho para onde ir e ele ainda vai fazer uma besteira comigo".
FLAGRANTE E PREVENTIVA
Além de prendê-lo em flagrante por lesão corporal e ameaça, o delegado Rodrigo Carvalhaes também representou pela prisão preventiva do companheiro da vítima. "A segregação cautelar é imprescindível para a garantia da ordem e integridade física e psíquica da vítima. Os fatos são revestidos de gravidade em concreto, por terem sido cometidos com violência contra a mulher na via pública. Além disso, o agente é reincidente e possui histórico de agressão brutal".