ARTICLE AD BOX
Mulher atropelada ainda sofre sequelas meses após atropelamento - Foto: Reprodução/Redes Sociais
Mulher atropelada propositalmente em agosto do ano passado segue com sequelas neurológicas
A vítima foi atingida em frente à própria residência por um advogado
Defesa do acusado pediu que a mulher fosse ouvida, mas juiz negou a requisição
Atropelada propositalmente durante uma briga de trânsito em Brasília, Tatiana Matsunaga sofre com sequências neurológicas do episódio sete meses depois. As informações são do portal Metrópoles.
A servidora pública, de 40 anos, foi atingida pelo veículo do advogado Paulo Ricardo Moraes Milhomem na porta de sua residência em 25 de agosto do ano passado.
Foram três meses de internação em um hospital particular da capital. Depois de ir para casa no fim de 2021, ela continua sob cuidados médicos até hoje.
Um laudo apresentado à Justiça afirma que Tatiana sofre de “amnésia retrógrada, delírios persecutórios e alucinações visuais”. “Ela demonstra alteração da consciência da atividade do eu, o que pode gerar intenso sofrimento psíquico.”
Em outro trecho, o relatório aponta que a vítima “tem prejuízo da manutenção da atenção e defeito de campo visual esquerdo; leve hemiparesia esquerda (paralisia que impossibilita movimentos); prejuízo da sensibilidade em parte da face e no corpo esquerdo; e tem relato de diplopia (visão dupla de um só objeto)”.
Atropelador continua preso
Paulo Ricardo continua preso, depois que o juiz Frederico Ernesto Cardoso negou na última segunda-feira (28) mais um pedido de liberdade provisória da defesa do advogado, que responde por homicídio qualificado.
A defesa de Paulo pediu que Tatiana fosse ouvida sobre o caso, mas o juiz Frederico, sob posse do laudo, entendeu que a vítima apresenta “sequelas neurológicas e não possui capacidade de prestar depoimento”.
Relembre o caso
Tatiana foi atingida em frente à própria residência, sob olhares do marido e do filho de 8 anos, e internada em estado gravíssimo. Uma câmera de segurança flagrou o momento do atropelamento.
Na época, a defesa de Paulo Ricardo afirmou, em nota, que o rapaz “não quis atropelar a vítima”, contrariando as imagens, que mostram o suspeito acelerando na direção da mulher e arrancando após atingi-la.
A discussão entre os dois teria começado na QI 15 do Lago Sul. Paulo Ricardo teria perseguido Tatiana até o portão da casa na QI 19 do Lago Sul.
O vídeo mostra os carros emparelhados. Paulo Ricardo deixa o local e Tatiana aproveita para colocar seu veículo na garagem, mas o homem retorna e a mulher desce do carro, dando sequência à discussão.
O suspeito, então, dá ré e aproveita um momento de distração de Tatiana para atropelá-la e arrastá-la por alguns metros. Paulo Ricardo arranca com o veículo e deixa a mulher imóvel no chão.
O filho da vítima estava dentro do carro. O marido aparece nas imagens abrindo o portão para Tatiana e, posteriormente, tentando alcançar Paulo Ricardo depois do atropelamento.
O suspeito fugiu do local, mas a polícia conseguiu identificá-lo. Paulo Ricardo apresentou-se à corporação e, em depoimento, disse que sentiu-se ameaçado naquela situação.