Majur diz que não perdoa quem troca pronome ao falar com ela: 'Quem está sofrendo somos nós' - Globo.com

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A trajetória entre descobrir-se uma mulher transexual e declarar-se como tal para a sociedade de uma forma geral é complexa, porque envolve autoconhecimento, dúvidas e coragem para enfrentar diversos medos. Com Majur não foi diferente. Ela conta ter passado por "um processo muito tenebroso" até se encontrar de fato.

Por isso, a cantora baiana comemora o fato de assuntos relacionados à representatividade estarem em voga, pois, dessa forma, pessoas que neste momento estão tentando se encontrar, como já aconteceu com ela, têm fontes de informação confiáveis para se apoiar.

Majur — Foto: Reprodução/Instagram

"Eu sofria de um problema que achava que fosse psicológico, porque não entendia o que estava acontecendo no meu corpo, o que estava vivendo. Quando minha cabeça me dizia o contrário do meu corpo, ela me centrava de quem eu realmente era", resume, em entrevista ao Gshow.

Em 2020, certa de quem era no mundo, Majur partiu para algo definitivo e resolveu mudar a documentação para o nome pelo qual desejava ser reconhecida socialmente. Ela destaca que parte fundamental nessa trajetória foi o acolhimento que sempre recebeu da família.

"Foi um caminho, mas ninguém disse ‘você não é’ ou ‘você não vai ser isso’. Minha mãe perguntou se eu tinha certeza do que estava fazendo, porque ela tinha medo da sociedade, do que poderia acontecer ao meu corpo", pontua a cantora, que se apresentará no Lollapalooza ao lado de Emicida, dia 26/3.

Majur se apresentará no Lollapalooza — Foto: Instagram

Para ela, não só o amparo, mas o respeito dos familiares de transexuais é essencial para que outras pessoas não se sintam no direito de ultrapassar limites. "Se a família não for a primeira a apoiar, acabou. Como você vai dizer para seus vizinhos te chamarem da forma como você deseja, se a própria família não faz isso e não te respeita?".

Importância de se posicionar

Quando sobra um tempo, Majur gosta de assistir ao BBB e vê em Linn da Quebrada uma forte concorrente ao prêmio. Ela destaca a força da atriz para se posicionar, mas ao mesmo tempo diz que sofre quando vê a artista precisando exigir respeito à sua identidade de gênero.

"Entendo a paciência e humanidade que ela está tendo e a verdade é que somos humanas demais para essa sociedade: ficamos perdoando, levando em conta, aguardando enquanto quem está sofrendo sobre nós", pontua a cantora.

"Eu não aceito que ninguém chegue para mim e troque o meu pronome! No meu convívio não existe isso. Se acontecer, acabou. É minha estratégia. Eu não perdoo, porque não tenho que perdoar. Tem que aprender antes de ofender", resume, categórica, sem, com isso, tecer críticas à participante do BBB 22, deixando claro que a atração é um jogo de convivência no qual é preciso se conectar com as pessoas.

Com planos de casar no fim de 2022 com o bailarino Josué Amazonas, Majur, conta que a cerimônia deve acontecer em Salvador, cidade onde o casal nasceu. A escolha da data está relacionada a um momento em que se a pandemia não estiver acabado, ao que tudo indica, terá um cenário mais receptivo para aglomerações.

"Queria chamar a galera toda. Estou me sentindo muito feliz e realizada. O amor é muito forte, é incrível. Muda a vida em todos os sentidos", conclui.

Majur com o noivo, Josué Amazonas — Foto: Instagram

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