
A guarda municipal Adriana Bouhid está participando da XX Bienal Internacional do Livro, que acontece até domingo, dia 12, no Riocentro, na Barra da Tijuca.
Adriana integra o grupo de contadores de história negra Ujima, que trabalha a literatura infanto-juvenil com foco na ancestralidade, identidade e representatividade das narrativas das culturas africana e afro-brasileira.
As apresentações acontecem no estande da Secretaria Municipal de Cultura da Prefeitura do Rio, onde está sendo realizado o Festival Paixão de Ler, que está em sua 29ª edição, e trata também da temática da Literatura Negra.
Essa é a primeira vez da GM Buohid como contadora de história na Bienal. Ela já participou de uma apresentação na segunda-feira, dia 6, e retorna neste sábado, dia 11, para mais um encontro especial com os leitores.
“O primeiro dia foi uma experiência fantástica. A gente se apresenta para o público em geral, que é bem variado, como idosos, crianças pequenas, estudantes, trabalhadores, e isso torna o trabalho ainda mais interessante. Na segunda, contei uma história voltada para crianças, mas chamou atenção de um grupo de estudantes adolescentes, que parou para assistir e interagir comigo”, conta a GM.
Na GM-Rio, Adriana Bouhid atua há 17 anos. Ela também é bastante ativa em movimentos voltados à valorização da cultura preta e de resgate da cidadania, fazendo parte de grupos como o Afrocentricidade.
Foi esse engajamento que a levou ao universo da contação de história, em 2016, a partir do convite do próprio grupo Ujima para participar de um curso de contação de história. De lá pra cá, a guarda não parou mais até chegar à Bienal, um dos principais movimentos literários do país.
Adriana não é a única guarda na Biental. Além dela, o guarda municipal transgênero Jordhan Lessa, que lançou seu segundo livro “Missão Vencer. Nós não nascemos para ser um nada”.
Jordhan é considerado o primeiro guarda municipal transgênero do Rio de Janeiro e sua obra é uma continuação do primeiro livro “Eu trans.
A alça da Bolsa. Relatos de um transexual”, que foi lançado em 2014, durante o processo de transição do GM. As duas obras são autobiográficas e abordam de forma bem intimista e pessoal os desafios da diversidade sexual.