Ceará é o segundo estado mais mata travestis em 2022 - Globo.com

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O Brasil teve 131 pessoas trans assassinadas em 2022, uma média de 11 por mês, segundo relatório anual da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra). As vítimas foram 130 mulheres trans/travestis e 1 homem trans. O índice faz do país o mais violento do mundo contra esse público, conforme o estudo.

Já o Ceará é o segundo estado que mais mata travestis no país, com 11 vítimas mortas em 2022, o mesmo número registrado em São Paulo.

Já em 27 de junho, véspera do Dia do Orgulho LGBTQIA+, uma travesti foi morta a tiros e outra espancada em ações distintas ocorridas em Fortaleza. A vítima, conhecida como Cromada, era amiga do ator Silvero Pereira, que faz o "Zaquieu"no remake da novela Pantanal. Em publicações no Instagram, Silvero falou sobre o crime e fez uma homenagem para a amiga.

Desde 2017, quando a associação passou a fazer esse levantamento, o Ceará alterna entre segundo, terceiro e quarto lugar entre os estados mais violentos contra travestis. Em 2020, foram 22 travestis vítimas de mortes violentas.

Perfil das pessoas trans assassinadas no Brasil: mulheres trans/travestis negras e que vivem da prostituição — Foto: Anderson Cattai e Kayan Albertin/G1

O número de assassinatos em 2022 ficou abaixo dos 140 contabilizados no ano anterior, mas acima da média da série histórica iniciada em 2008, que é de 121 mortes por ano. A série inclui dados contabilizados pelo Grupo Gay da Bahia, até 2016, e pela Antra, que começou a produzir um dossiê dos assassinatos em 2017.

A Antra explicou que o número de assassinatos pode ser maior porque não existem dados oficiais sobre a violência contra essa população no Brasil. Pelo 14º ano, o país continua sendo o que mais mata pessoas trans no mundo.

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