O Comitê Olímpico Internacional (COI) autorizou duas boxeadoras transgênero a competir na categoria feminina dos Jogos Olímpicos de Paris, após terem sido inicialmente desqualificadas em testes de gênero. Imane Khelif, da Argélia, e Lin Yu-ting, de Taiwan, haviam sido impedidas de competir no Mundial de Boxe de 2023 devido a níveis de testosterona que não atendiam aos critérios estabelecidos para participação na categoria feminina.
O COI assumiu a responsabilidade pela organização do boxe nos Jogos após a exclusão da Associação Internacional de Boxe (AIBA) por questões de governança e transparência. A medida de liberar as boxeadoras segue uma tendência de flexibilização nas regras de elegibilidade para atletas transgênero em competições internacionais.
Histórico e repercussão
O caso de Imane Khelif e Lin Yu-ting trouxe novamente à tona o debate sobre a inclusão de atletas transgênero no esporte de alto rendimento. Ambas as atletas foram desqualificadas no ano passado devido a resultados de testes que indicaram níveis de testosterona acima dos limites permitidos para a categoria feminina, conforme os regulamentos da AIBA. A desclassificação gerou debates intensos sobre a justiça competitiva e a proteção das categorias femininas no esporte.
O COI, ao assumir a organização do torneio de boxe para os Jogos de Paris, decidiu adotar uma abordagem diferente, permitindo que as atletas competissem desde que cumprissem certas condições relacionadas ao monitoramento contínuo dos níveis hormonais.
A questão da participação de atletas transgênero em competições femininas é complexa e envolve múltiplos fatores, incluindo aspectos biológicos, legais e sociais. As regras sobre elegibilidade variam significativamente entre as federações esportivas, com algumas adotando critérios baseados em níveis hormonais, enquanto outras consideram a “identidade de gênero” como critério suficiente.
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