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O caso ganhou repercussão esta semana depois que jornais requentaram denúncias de abuso sexual contra o bispo feitas por ex-padres e religiosos da diocese
O bispo da diocese de Frederico Westphalen (RS), Dom Antonio Carlos Rossi Keller, tem sido alvo de ataques de um ex-membro da sua diocese que diz ter “um carinho especial por Lúcifer” e que atende consultas espirituais como mãe de santo de batuque. Chamada de Tainá D Oyá, a líder satanista é, na verdade, um transsexual que já atuou como coroinha do bispo na adolescência.
O caso ganhou repercussão esta semana depois que jornais requentaram denúncias de pedofilia contra o bispo feitas por ex-padres e religiosos da diocese. Em 2020, Dom Keller foi inocentado das acusações nas esferas canônica, civil e penal em um processo que, segundo o juiz da comarca local, representava uma “violação do contraditório, da ampla defesa e da necessidade de uma acusação certa”.
Na última segunda-feira (20), o site de extrema-esquerda The Intercept Brasil publicou uma extensa reportagem reforçando a narrativa acusatória, porém sem provas, dos ex-padres e da satanista mãe de santo. Conhecido por ter negociado com hackers internacionais a invasão dos celulares do ministro da justiça e de procuradores federais, o site considera os ataques ao bispo um dever cristão.
As recentes calúnias a Dom Keller têm sido vistas por católicos como uma represália ao bispo que costuma ter posicionamento firme em defesa da vida, da legítima defesa e das liberdades individuais frente à escalada autoritária de governantes e da contaminação ideológica da própria Igreja.
Em setembro, o bispo publicou uma nota pastoral sobre o significado da palavra "liberdade", afirmando que "frente a determinados acontecimentos nos tempos atuais, parece que vamos, infelizmente, perdendo a cada dia."
Dois padres que participaram dos ataques ao bispo foram afastados da Igreja e estão impedidos de rezar missas. Devido à gravidade do caso, um deles enfrenta um processo de expulsão.
Os ataques
Pelas redes sociais, a mãe de santo Tainá D Oyá, que diz ter sido vítima de abusos do bispo, tem feito publicações atacando e exigindo a punição do religioso. Antes de se chamar Tainá D Oyá, quando ainda era coroinha do bispo, Lucas (como é identificado pelos jornais) precisou de acompanhamento psiquiátrico.
Segundo seus relatos levam a crer, os problemas de ordem psiquiátrica teriam se dado muito em decorrência da sua sexualidade, ainda incerta na juventude, de acordo com o próprio satanista.
Resposta do bispo
Em nota oficial, Dom Keller denuncia a perseguição que vem sofrendo por diversos meios de comunicação e enfatiza ter sido absolvido de qualquer acusação nas esferas civil, penal e canônica.
"Durante decênios de atuação jamais tive nenhuma acusação sobre episódio assemelhado, o que revela a absoluta irresponsabilidade e indignidade da imputação [...] Há uma clara tentativa de mudar as decisões já tomadas pela Justiça em meu favor. Trata-se de uma estratégia sórdida e desonesta, que combaterei com todas as minhas forças”, diz um trecho da nota.
Ao final, Dom Keller agradece às inúmeras manifestações de solidariedade, diz acreditar na Justiça divina e ter confiança na Justiça dos homens.
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