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Arte quebra o preconceito
Atrizes veem a arte como arma para combater o preconceito. Elas trabalham no musical para promover reflexão e amor para sanar o lado "ferido e adoecido da humanidade".
É o que me cura, é o que me mantém viva. Acho que essa forma de vida, de sentir, de expressar, de expurgar. Acho que a gente reorganiza todo o nosso ódio, reorganiza as nossas inquietudes, as nossas raivas diante de tudo aquilo que a nossa transexualidade já sofreu, já passou e os nossos corpos ainda continuam, infelizmente, sofrendo. A gente reorganiza tudo isso e transforma em afeto, arte, música, cinema e teatro. Com o musical, a gente não tem essa garantia de tocar, mas a gente vai causar uma mínima reflexão.
Verónica Vallentino
"Priscila" é um tema que vai falar sobre LGBTQIAPN+, mas não é sobre isso. É sobre humanização, afetos, família, dignidade, sobre sonhos, desejos, dores, ardores e amor. Quando a gente tem no público crianças que são acompanhadas com seus pais, nós temos públicos de crianças e jovens trans. Hoje, as pessoas podem dizem: 'Eu gostaria, eu sou como ela e o meu futuro, o meu imaginário possível, está posta porque eu posso ser como elas'.
Wallie Ruy
"Não é dada a possibilidade do erro"
Wallie Ruy e Verónica Valenttino tiveram liberdade para trazer o texto do musical para a realidade atual durante a criação de Bernadette Bassanger. Elas se divertem dizendo que cada uma leva ao palco "multiplicações de Bernadettes" e classificam o trabalho como um dos mais desafiadores das carreiras.