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Indianara Siqueira, fundadora da Casa Nem, espaço que abriga a população LGBTQIA+ em situação de rua e vulnerabilidade social, irá registrar o caso na 5ª DP (Mem de Sá)
O Globo
18/08/2021 - 09:20 / Atualizado em 18/08/2021 - 17:34

RIO — Uma ativista transexual foi agredida com socos ao defender uma vítima que estava sofrendo assédio sexual, na Lapa, Região Central do Rio, na madrugada de sábado, dia 7 de agosto. Indianara Siqueira, que é fundadora da Casa Nem, espaço que abriga a população LGBTQIA+ em situação de rua e vulnerabilidade social, foi socorrida por amigos e levada inconsciente para o Hospital Municipal Souza Aguiar, onde foi atendida e levou pontos no rosto. O caso será registrado nessa manhã, na 5ª DP (Mem de Sá).
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— Somente agora tenho condições físicas e psicológicas de denunciar. Eu fui defender uma das nossas acolhidas que estava sofrendo assédio. O agressor me atacou com dois socos no lado direito do rosto, desmaiei e bati com a cabeça no chão. Ainda me roubaram dois celulares e minha bolsa, inclusive cartões de crédito — relatou Indianara Siqueira, que teve um documentário sobre a sua vida concorrendo a prêmio no Festival de Cannes.
— O homem usou da força e lesão corporal para efetuar o roubo e praticar o crime. Além da importunação sexual contra a travesti conhecida como Dani, que é acolhida pela Casa Nem — explicou a advogada Paula Alves, que irá acompanhar Indiana na delegacia e afirma que ela foi vítima de roubo com emprego de violência e grave ameaça.

De acordo com elas, Dani, a travesti agredida, também precisou de atendimento médico e levou pontos no rosto.
Militantes pelos direitos LGBTQIA+ estão organizando uma manifestação na porta da delegacia, por volta de 11h.