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Grupo de 20 pessoas se reuniu na tarde desta sexta-feira (23) em frente ao 1º Distrito Policial. Milena Massafera, de 34 anos, foi esfaqueada e morta dentro de casa, segundo a Polícia Civil.
Amigos e familiares cobram agilidade na investigação sobre morte de transexual em Ribeirão Preto — Foto: Luciano Tolentino/EPTV
Familiares e amigos de Milena Massafera, uma mulher transexual morta a facadas em Ribeirão Preto (SP), fizeram uma manifestação em frente ao 1º Distrito Policial na tarde desta sexta-feira (23) para cobrar agilidade da Polícia Civil em relação às investigações.
Milena, de 34 anos, foi encontrada morta no dia 10, no apartamento onde morava na Vila Tibério, na zona Oeste. O caso é apurado pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC), que procura elementos que possam ajudar a identificar o autor do crime.
Milena Massafera foi achada morta dentro de casa em Ribeirão Preto (SP) — Foto: Arquivo pessoal
Os manifestantes afirmaram que as investigações estão demorando para identificar o criminoso, que foi recebido na casa de Milena antes do crime, conforme demonstrou imagens de câmeras de segurança divulgadas pela Polícia Civil.
Cerca de 20 pessoas se reuniram na Rua Duque de Caxias, onde fica o 1º Distrito Policial, com cartazes em mãos pedindo respeito à diversidade e justiça por crimes contra LGBTs.
Amigos e familiares cobram agilidade na investigação sobre morte de transexual em Ribeirão Preto — Foto: Luciano Tolentino/EPTV
Pai de Milena, o pedreiro José Ribamar Vieira também participou da manifestação, vestido com uma camiseta branca estampada com o rosto da filha. Ele afirma que quer saber a identidade do criminoso e entender o que o levou ao assassinato.
Pai de Milena Massafera, José Ribamar Vieira quer saber os motivos que levaram ao assassinato da filha — Foto: Luciano Tolentino/EPTV
Fábio de Jesus, presidente da ONG Arco-Íris, que luta pelo direito dos LGBTs de Ribeirão Preto, também esteve na manifestação. Ele cobra a investigação não só sobre a morte de Milena, mas também a de Márcia, uma travesti de 42 anos encontrada morta um dia antes de Milena.
Presidente da ONG Arco-Íris, Fábio de Jesus participa de manifestação para cobrar agilidade da Polícia Civil na investigação sobre a morte de Milena Massafera — Foto: Luciano Tolentino/EPTV
Milena foi encontrada morta depois que uma amiga, que é chef de cozinha, desconfiou da falta de contato no dia anterior. Por orientação da Polícia Militar, a chef avisou a mãe dela e as duas foram juntas com um chaveiro ao apartamento.
Ao entrarem no local, elas a encontraram já sem vida e com vários ferimentos pelo corpo. De acordo com mãe, Maria José da Silveira Vieira, Milena demonstrou interesse em fazer a transição de gênero desde criança, e a família nunca foi obstáculo.
Segundo a Polícia Civil, Milena tinha ferimentos em várias partes do corpo, provavelmente causados por uma faca. Maria José relata que acompanhou o trabalho de perícia e ficou chocada quando viu fotos do corpo, o que a motivou a cobrar justiça pela morte da filha.
Mãe da transexual Milena Massafera, morta em Ribeirão Preto (SP), Maria José quer acompanhar investigação da Polícia Civil — Foto: Maria José da Silveira Vieira/Acervo pessoal
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