Ambulante acusado de matar mulher trans a facadas após encontro e jogá-la de prédio no Centro de SP vai a júri nesta 2ª - Globo

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Um vendedor ambulante começou a ser julgado na tarde desta segunda-feira (25) acusado de matar a facadas uma mulher transexual após um encontro e ainda jogá-la do sétimo andar do prédio onde ele morava no Centro de São Paulo. O assassinato foi cometido em 2 de setembro de 2020.

Segundo o Tribunal de Justiça (TJ), o júri popular acontece no Fórum Criminal da Barra Funda, Zona Oeste da capital. Os jurados são seis mulheres e um homem. Eles decidirão se condenam ou absolvem o réu.

Jeferson Pereira foi preso em flagrante à época pelo assassinato de Chiara Duarte. A vítima tinha 27 anos. O acusado responde pelo crime de homicídio doloso, aquele no qual há a intenção de matar. Ele estava com 18 anos à época e alegou que esfaqueou a mulher para se defender dela. Disse ainda que ela estava armada com uma faca e tentou feri-lo após um encontro que tiveram no apartamento dele.

De acordo com a acusação feita pelo Ministério Público (MP), Jeferson ainda levou Chiara ensanguentada para a varanda e a jogou de lá. O corpo dela foi encontrado na calçada da Avenida Rangel Pestana, na Sé.

Apesar de a polícia, o Ministério Público e a Justiça não terem classificado o crime como transfobia, a família de Chiara entende que ela foi morta pelo ambulante por discriminação e preconceito dele contra trans.

"Foi preconceito, foi crime de ódio, transfobia. Minha irmã só queria ser feliz. Ela morava em um centro de acolhimento de trans, no Centro de São Paulo, onde ela também era voluntária", disse à época Luan Duarte, irmão da vítima.

Jeferson foi preso pela Polícia Militar (PM) quando ainda estava no apartamento dele. Duas facas com sangue foram apreendidas e levadas com o suspeito para a Polícia Civil.

Segundo o boletim de ocorrência do caso, o ambulante falou aos policiais que "estava em seu apartamento quando a vítima chegou empunhando uma faca e tentou lhe agredir ferindo-o no dedo. Após luta corporal, o indiciado golpeou a vítima e a jogou pela sacada".

O caso foi registrado no 8º Distrito Policial (DP), Brás, como homicídio qualificado.

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