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Na sessão do Conselho Universitário (Consu) da Unicamp realizada nesta terça-feira (1º), foi aprovada por unanimidade a criação de cotas para pessoas trans, travestis e não-binárias no vestibular de graduação. A decisão abrange candidatos de escolas públicas e privadas que utilizam a modalidade Enem-Unicamp.
A proposta recebeu 67 votos favoráveis e determina a reserva de vagas em cursos de graduação para pessoas trans, travestis e não-binárias, com algumas diretrizes específicas. Entre as medidas estabelecidas estão:
- A reserva de pelo menos uma vaga em turmas com até 30 estudantes e no mínimo duas em cursos com mais de 30 vagas.
- Os candidatos deverão enviar um “relato de vida”, onde devem descrever a trajetória de transição e o processo de afirmação de identidade de gênero. Esse relato será avaliado por uma comissão, que deve incluir ao menos uma pessoa trans, travesti ou não-binária.
A Unicamp informou ainda que o sistema de seleção será revisado após cinco anos, podendo incluir a reserva de vagas exclusivamente para estudantes oriundos de escolas públicas.
Em relação às cotas para pessoas com deficiência (PCDs), a universidade já havia aprovado, em setembro de 2024, a implementação de cotas específicas para este público no processo seletivo do Enem-Unicamp. A quantidade de vagas reservadas será definida por cada curso, variando de 1 a 2 vagas, podendo chegar até 5% do total ofertado. As cotas devem abranger todas as condições de deficiência estabelecidas pela legislação brasileira.