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Mais de duas décadas depois da estreia do filme, a adaptação teatral de “Tudo Sobre a Minha Mãe” estreia-se nos palcos nacionais. Primeiro no São Luiz, em Lisboa, depois no Campo Alegre, no Porto.

▲Em palco, a atenção fixa-se num primeiro momento em Manuela (interpretada por Sílvia Filipe) e no filho Esteban (João Sá Nogueira), ao mesmo tempo em que se escuta a mesma banda sonora icónica do filme
Estelle Valente
▲Em palco, a atenção fixa-se num primeiro momento em Manuela (interpretada por Sílvia Filipe) e no filho Esteban (João Sá Nogueira), ao mesmo tempo em que se escuta a mesma banda sonora icónica do filme
Estelle Valente
A perda e o luto podem levar-nos a mudanças difíceis de imaginar. Depois de assistir à morte do filho Esteban, no dia em que este completava 17 anos, a história de vida de Manuela, uma enfermeira num hospital de Madrid, altera-se por completo. O acontecimento marca o início de uma jornada de regresso ao passado e à cidade de Barcelona, ao encontro do pai do filho que este nunca conheceu.
É esta a narrativa de “Tudo Sobre a Minha Mãe” (1999), obra marcante na filmografia de Pedro Almodóvar, que chega agora a Portugal pela primeira vez numa adaptação teatral, pela mão do encenador Daniel Gorjão e do Teatro do Vão, recorrendo ao texto de Samuel Adamson, com tradução para português de Hugo van der Ding. Estreia na Sala Luís Miguel Cintra, do São Luiz Teatro Municipal, em Lisboa, de 11 a 22 de janeiro e segue depois para o Teatro Municipal do Porto – Campo Alegre, de 27 a 29 de janeiro.
Num dispositivo minimalista, onde não faltam, porém, as cores intensas e garridas que reconhecemos no espectro cinematográfico almodóvariano, constrói-se uma “carta ao amor incondicional”, como diz o encenador. Já passaram mais de duas décadas desde o lançamento do filme, que valeu inúmeras distinções ao realizador espanhol – entre elas o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro – e mais de dez anos sobre a primeira adaptação teatral, assinada pelo dramaturgo australiano Samuel Adamson, que se mostrou pela primeira vez em 2007 no Old Vic Theatre, em Londres, com encenação do irlandês Tom Cairns.
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