ARTICLE AD BOX
Em depoimento, ela confirmou à imprensa que acertou a vítima com uma faca, mas negou que tenha a matado
Por Angelo Binder e Djalma Malaquias em 06 de junho, 2022 as 07h58.
A travesti suspeita de matar o gerente Walter Luiz Mariano Machado está sendo procurada pela Polícia Civil. Na manhã desta segunda-feira (6), policiais da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) estiveram no apartamento dela localizado no bairro Alto da XV, em Curitiba, para cumprir um mandado de busca e apreensão. Ela havia prestado depoimento na semana passada, mas, naquele momento, era considerada testemunha e não havia mandado de prisão expedido contra ela.
“Nós iniciamos a investigação e compreendemos que não ocorreu legítima defesa, que não repeliu injusta agressão, que houve uma extorsão, que era prática comum dela essa extorsão. Ela cobrava inicialmente R$ 200 e na hora de acertar o pagamento era R$ 1 mil até R$ 3 mil. O que era isso? Esse valor era sob pena de fazer escândalo e levar isso à comunidade”, disse o delegado Tito Barrichello, responsável pela investigação do caso, em entrevista à Banda B.
Segundo o delegado, o mandado de busca e apreensão foi expedido no sábado (4) e desde então a polícia segue nas buscas pela travesti.
“Nós tínhamos a informação de que ela estava na casa. A mãe dela veio de Brasília buscá-la, tivemos que agir no final de semana, com regime de plantão, e conseguimos a expedição de mandado de prisão temporária, de busca e apreensão. Nós cumprimos, mas não encontramos. Para nós, ela é considerada foragida e todas as forças policias estão atrás dela nessa momento”, explicou Barrichello.

O caso
Machado foi encontrado morto com um corte no pescoço, dentro de um carro estacionado no cruzamento das ruas Engenheiro Rebouças e Lamenha Lins, no bairro Rebouças, em Curitiba. O caso aconteceu no último sábado (28).
Na sexta-feira (3), a travesti prestou depoimento. Saindo da delegacia, ela confirmou à imprensa que acertou a vítima com uma faca, mas negou que tenha a matado.