Travesti se cala sobre morte de empresário e dispara em tribunal: 'Deus e eu sabemos da verdade'

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O silêncio da acusada ecoou no Fórum de Curitiba, nesta quarta-feira (27). A travesti Thays Rocha Leite, apontada como responsável pela morte do empresário Walter Luiz Mariano Machado, surpreendeu ao não detalhar o crime e soltar uma frase enigmática quando questionada sobre como tudo aconteceu: “Deus e eu sabemos da verdade”.

thays-rocha-travesti-morte-homem-curitiba-capaFotos: Reprodução/Redes Sociais/Eliandro Santana/Banda B.

O caso, que aconteceu em 2022, voltou a ocupar as manchetes com a audiência que decidirá se Thays será julgada por homicídio qualificado diante de um tribunal do júri. Walter foi encontrado morto dentro de um Ford Ka, no bairro Rebouças, com um corte profundo no pescoço. No carro, preservativos — incluindo um usado — foram apreendidos. O celular do empresário nunca mais foi visto.

Mesmo cercada de acusações, Thays fez questão de reafirmar que nunca fugiu.

“Desde o início do processo, nunca fugi, eu que sempre procurei a Justiça, eu que sempre estive presente, me apresentei, para esclarecer. De tudo o que aconteceu naquele dia, entendeu? Isso cabe à Justiça, vocês vão saber através do meu depoimento depois”

declarou Thays, sem perder a firmeza no olhar.
thays-rocha-travesti-morte-homem-curitiba-1Thays, acompanhada da advogada, não quis comentar o crime. Foto: Eliandro Santana/Banda B.

Legítima defesa

A defesa insiste na tese da legítima defesa. Segundo a advogada Alessandra Paola Fereira, que representa Thays, a travesti apenas lutou pela própria vida.

“A Thays foi agredida. Estava sendo atacada e, para se defender, deu uma facada. Depois deixou o local e só mais tarde soube que ele morreu. Para ela, foi a única forma de proteger a própria vida”

disse a advogada Alessandra Paola Ferreira, reforçando a tese de legítima defesa.

Questionada sobre a ausência de contato com a mãe da vítima, a defesa explicou que uma das decisões do juiz, para manter a liberdade de Thays, é justamente não se aproximar das testemunhas.

“Por isso, não houve conversa. Mas a defesa se solidariza com a família, foi uma vida ceifada”

declarou a advogada.
thays-rocha-travesti-morte-homem-curitiba-2Thays não chegou a conversar com a mãe de Walter. Foto: Eliandro Santana/Banda B.

Mesmo assim, o tom de Thays continua a provocar inquietação. Para ela, não cabe dar explicações fora do tribunal. O silêncio alimentou ainda mais as dúvidas em torno da morte do empresário. Se a Justiça aceitar a versão da acusação, ela será levada ao júri popular. Se prevalecer a narrativa da defesa, pode sair absolvida.

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