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Seis anos depois de assassinar o empresário André Simões, de 32 anos, no centro de Curitiba, a travesti Yasmin Ramos Nunes, hoje com 29 anos, vai a júri popular nesta quarta-feira (3). O crime aconteceu às 6h30 da manhã de 27 de novembro de 2015. (Assista reportagem abaixo)
De acordo com a investigação, André saiu de casa na tarde de 26 de novembro e passou por vários bares da capital paranaense até chegar na região central. Até aproximadamente às 4h da manhã do dia 27, ele estava acompanhado de um amigo, mas a partir desse horário, saiu sozinho.
Ninguém soube dizer o que ele fez, mas o rastreador de seu carro mostrou que André circulou pelo centro por cerca de uma hora e meia. Acredita-se que ele buscava por alguma acompanhante sexual e, em determinado momento, acabou encontrando Yasmim e uma jovem menor de idade.
Câmeras de segurança registraram a travesti e sua amiga, por volta das 6h, quando tentaram se hospedar em um hotel na rua lateral a Praça General Osório. No entanto, elas não foram aceitas porque o estabelecimento servia o café da manhã.
O crime aconteceu minutos depois, após elas deixarem a recepção do hotel. Nas imagens, André parece discutir com Yasmin – que segura uma faca nas mãos- e a adolescente quando tenta desferir um chute contra a jovem e acaba golpeado com uma única facada no peito. Ele chegou a ser encaminhado para um hospital, mas não resistiu ao ferimento e morreu.
A defesa da ré alega que o empresário e as garotas de programa não concordaram em relação ao valor do serviço sexual prestado, discutiram e o crime foi cometido em legítima defesa.
“Não se pode negar, ela é travesti e ela era garota de programa. Nesse contexto, ela conhece o André, ela juntamente com uma outra, estavam estacionados em frente a um bar na Visconde de Nacar e, por conta de um desacerto sobre valores e formas de pagamento, ela saem, são perseguidas e agredidas por ele até a praça Osório e aí chegamos ao momento das imagens”,
fala o advogado Kamil Aquim.A adolescente foi apreendida na época e já recebeu a punição por sua participação no assassinato.
Yasmim foi presa uma semana depois, mas hoje responde em liberdade.
A família de André não quis se manifestar sobre o assunto, mas defende que ele foi morto durante uma tentativa de assalto.