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Cristiane Andrea da Silva morreu em outubro de 2024 após a aplicação de silicone industrial em uma clínica clandestina
Por Redação em 21 de março, 2025 as 18h07.
Uma travesti, de 56 anos, suspeita do homicídio de Cristiane Andrea da Silva após a aplicação de silicone industrial, foi presa no final da tarde de quinta-feira (20), em uma ação conjunta da Polícia Civil do Paraná e de São Paulo. O crime aconteceu em 24 de outubro de 2024, em Ponta Grossa, no interior do Paraná.

De acordo o delegado Luiz Timossi, a suspeita realizava procedimentos estéticos clandestinos, aplicando silicone industrial em mulheres trans e travestis sem possuir formação médica.
A vítima morreu após a aplicação do produto em um ambiente considerado inadequado para cirurgias plásticas. Conforme a polícia, Cristiane transferiu um total de R$ 1.550, em quatro pagamentos entre setembro e outubro de 2024.
“A suspeita se apresentava como ‘bombadeira’, termo utilizado para designar pessoas que mesmo sem qualquer formação médica fazem introdução de silicone industrial no corpo de suas vítimas visando algum beneficio estético. Trata-se de um procedimento de altíssimo risco, que infelizmente nesse caso acabou levando a morte de Cristiane”
explicou Timossi.Processos criminais semelhantes
Durante as investigações, as equipes policiais verificaram que a suspeita estava respondendo a um processo criminal similar na comarca de Marília, no Estado de São Paulo.
“Apuramos que o processo está relacionado à morte de outra vítima, conhecida como Nicole Souza, em 2019, também em decorrência de um procedimento estético irregular”
afirmou o delegado.Ainda de acordo com o delegado, a investigada atuava em diferentes estados do Brasil, tendo como público-alvo pessoas trans e travestis.
A polícia concluiu o inquérito policial e indiciou a investigada pelos crimes de homicídio e exercício ilegal da medicina.