Travesti acusa clube de discriminação; Eldorado mostra que ela, na verdade, quis entrar embriagada e depredou o local - OitoMeia

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Confusão envolvendo travesti foi filmada e direção do clube chegou a registrar uma queixa na delegacia; ela fez divulgação de sua revolta nas redes sociais

Érica Pessoa - 17 de janeiro de 2022 às 18:00

Na manhã do último domingo (16/01), uma polêmica envolvendo a travesti Bruna Beatriz Portinary tomou as redes sociais.

Ela divulgou um vídeo acusando o Eldorado Country Club, um dos mais tradicionais de Teresina, localizado no bairro São João, zona Leste, acusando o estabelecimento de não a aceitar por ser travesti.

“Não querem vender ingresso para mim só porque eu sou travesti. Eu não estou sendo aceita, só por eu ser travesti. Eu vim na delegacia para atender a minha ocorrência. Eu fiz escândalo, joguei pedra”, afirmou Bruna. Assista o vídeo que ela mesmo divulgou em suas redes sociais, onde se identifica como “Barbie Linda”:

POLÍCIA NO LOCAL

Em um outro vídeo, também espalhado nas redes sociais, é possível ver uma viatura da Polícia Militar chegando no Eldorado Country Club após ser acionada para conter a situação. Segundo apurou o OitoMeia, foi a direção do clube quem acionou. Bruna Portinary, de biquini preto, tenta argumentar que estava sendo impedida de entrar no clube e se sentia discriminada. Gritava aos policiais “eu sou gente”.

Um policial, que não teve o nome identificado, revelou que a viatura chegou porque os seguranças teriam retirado a travesti para fora do clube. E o motivo seria que estava usando o “banheiro feminino” e uma criança teria denunciado à mãe. Eles teriam ido parar na delegacia. “Esse pessoal é cheio dos direitos. E perguntou se ela era operada, disse que não. Perguntou se tinha documento com o nome feminino, também disse que não. Sendo assim, tinha que usar era o banheiro masculino”, afirmou o policial no áudio.

Até o fechamento desta matéria, através de sua assessoria, a Polícia Militar ainda não havia se pronunciado sobre a ocorrência. Assista o vídeo da confusão em frente ao clube:

O QUE DIZ O ELDORADO COUNTRY CLUB

A reportagem do OitoMeia entrou em contato com a direção do Eldorado Country Club, que deu sua versão sobre o ocorrido. De acordo com o diretor de marketing do parque aquático, jornalista Ricardo Moura Fé, a gerência do clube não permite a entrada de pessoas que demonstrem estar embriagadas. Isso por conta de perigos iminentes em que essas pessoas estariam sujeitas. Temem por um possível caso de afogamento em alguma das piscinas. Além de temer por importunação aos sócios.

“Ela chegou embriagada e os seguranças não deixaram ela entrar. Foi até por uma questão de segurança. Aqui no clube temos quatro piscinas e uma pessoa embriagada pode correr o risco de se afogar, pode morrer. Nós temos todos os cuidados aqui, mesmo com uma grande quantidade de salva vidas. Mas ela não aceitou a medida e começou a jogar pedras, quebrou vidro, quebrou grade… Não houve questão de preconceito. Ela apenas estava muito revoltada e agiu desta forma. Vale lembrar, a mesma pessoa que fez tudo isso já frequentou o clube outras vezes e nunca houve discriminação”, afirmou Ricardo Moura Fé, diretor de marketing do local.

Uma nota foi divulgada à imprensa por parte do clube: “No horário de 11h da manhã de domingo, 16 de janeiro, duas pessoas tentaram entrar no Eldorado Park visivelmente embriagadas e com cortesias inválidas, que só serviam para 2020. Tentamos conversar, alertando para o perigo de ocorrerem distúrbios lá dentro do parque aquático, ou mesmo passarem mal ou quem sabe se envolverem em acidente devido ao estado de embriaguez. Informamos também que as cortesias estavam vencidas. Descontentes com nosso alerta, se alteraram, xingaram funcionários e clientes, pegaram pedras e jogaram dentro da estrutura do parque, além de quebrarem nossos portões. Chamamos a polícia para que fossem retirados do local. Fizemos um boletim de ocorrência no 6º Distrito Policial de Teresina, pois o clube foi depredado de maneira insana. Não se trata de preconceito, até porque temos parceria comercial com pessoas públicas LGBT. É uma questão de alertar. Outro dia tivemos que barrar um idoso que também estava embriagado e quis entrar no clube a força. Sempre buscamos tratar bem a todas as pessoas que frequentam o clube, independente da opção sexual de cada um. Mas tentar entrar bêbado e quebrar um clube privado, desrespeitando os outros clientes, foi um exagero que nos causou enormes prejuízos”. Abaixo, algumas imagens repassadas ao OitoMeia de como agiu Bruna e de como ficaram algumas das dependências do clube:

Danos causados pela travesti (Foto: Assessoria do clube Eldorado)

Érica Pessoa

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