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Segundo o Núcleo de Combate aos Cibercrimes (Nuciber), da Polícia Civil, ao menos 14 pessoas foram vítimas da mulher
Por Guilherme Lara da Rosa e Antônio Nascimento em 20 de outubro, 2022 as 12h31.
Uma mulher transexual, de 32 anos, foi presa nesta quinta-feira (20) suspeita de chantagear e extorquir homens com quem conversava por meio da internet, em Curitiba. Segundo o Núcleo de Combate aos Cibercrimes (Nuciber), da Polícia Civil, ao menos 14 pessoas foram vítimas da mulher.
À Banda B, o delegado responsável pelas investigações afirmou que a suspeita ameaçava expor conversas que teve com as vítimas e revelá-las às suas esposas. Metade dos homens que denunciaram o crime decidiram, porém, não seguir com o processo.
“As outras sete vítimas prestaram depoimento e confirmaram os fatos. Segundo apurou a investigação, a suspeita e os homens iniciavam conversas por meio de aplicativos de mensagens e evoluíam para a troca de imagens íntimas”, explicou o delegado José Barreto, do Nuciber.
Operação para prender a transexual foi deflagrada pela Polícia Civil na manhã desta quinta-feira (20), na região central de Curitiba — Foto: Antônio Nascimento/Banda BOs homens, contudo, disseram à polícia que perdiam o interesse quando tomavam conhecimento de que estariam conversando com uma mulher transexual. A partir disso, as ameças e extorsões se iniciavam por parte dela.
“Ela começou a exigir encontros para praticar relações sexuais com as vítimas, queria que pagassem motéis e pedia dinheiro para que não contasse sobre as conversas às esposas das vítimas.”
A Polícia Civil apurou ainda que a mulher adulterava fotos dos homens na intenção de, segundo o delegado, “difamá-las”. Um dos homens tinha uma medida protetiva contra a suspeita.
Itens apreendidos na casa da suspeita — Foto: Antônio Nascimento/Banda BApós a abertura do inquérito policial e identificação da mulher, ela foi presa preventivamente no apartamento em que vive, no Centro de Curitiba, por volta das 7h.
Pelo menos dois celulares, um simulacro de arma de fogo e pequenas porções de maconha foram encontradas no imóvel.
Interrogada na delegacia, ela teria dito ao delegado que realmente praticava as ameças, mas que não reconhecia a atitude como crime.



