'Tenho um irmão gay e uma irmã travesti', diz atriz Haonê Thinar - Guia Gay São Paulo}

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Haonê ThinarAtriz lembrou-se do momento em que decidiu pela amputação. Foto: Marcio Farias

A atriz Haonê Thinar falou sobre a visibilidade de minorias e revelou que possui dois irmãos da comunidade LGBT.

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PCD desde os nove anos, a artista lembrou do bullying que sofreu quando mais jovem.

"Eu era muito xingada e humilhada na escola. Me chamavam de Saci porque eu era preta e não tinha uma perna. É o meu grande trauma. Essa fase foi infernal. Tenho um irmão gay (Kauê) e uma irmã travesti (Caya). Cada um sofrendo um bullying pior que o outro", afirmou Haonê ao jornal Extra.

"Meu pai sempre foi presente, mas teve muito problema com alcoolismo. Sempre tivemos um relacionamento difícil. Já com a minha mãe (Sandra) foi boa. Ela sempre esteve do meu lado. O Kauê trabalha comigo como meu agente e a Caya transicionou (de gênero) há pouco tempo. Dei muita força."

Intérprete da Pam na novela Dona de Mim, a atriz de 33 anos contou que foi diagnosticada com osteossarcoma (câncer nos ossos) aos oito anos e que ela mesma se decidiu pela amputação.

"Eu que decidi pela amputação. Minha mãe sempre me explicou todos os passos do tratamento, aí falei: 'Se for para eu melhorar e não acontecer algo pior, prefiro amputar'. Parece que o meu espírito já estava muito preparado para o que eu ia passar. Levei a doença de boa. Quando tinha que fazer quimioterapia, me fantasiava de bailarina, passava glitter na careca. Para mim, era uma eterna brincadeira", recordou-se.

"Nos primeiros 20 minutos [após a cirurgia], chorei, mas passou rápido e lembrei que tinha sido uma escolha minha. Convivo muito bem com isso. Não tive depressão. Meu problema com a autoestima rolou na volta às aulas. Mas, depois, passei a ser vaidosa, sempre saí e me relacionei muito bem com as pessoas."

A paulistana também falou sobre visibilidade. "É mais do que importante. Temos lutas de várias minorias, e a da pessoa com deficiência, geralmente, é deixada de lado. Atualmente, temos a internet, que angaria muita gente nessa conscientização. Antes, era ainda mais difícil. Tínhamos que meter a cara mesmo. A luta da pessoa com deficiência não acontece só neste mês, mas o ano todo. A gente batalha muito por oportunidades", disse, citando o Dia Nacional de Luta pela Pessoa com Deficiência, celebrado no domingo 21.

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