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No mês passado, Irã e Jordânia se enfrentaram pelas eliminatórias da Copa da Ásia de Futebol Feminino que ocorrerá em 2022, na Índia. O jogo foi um empate em zero a zero que acabou em pênaltis e decidiria quem seria a equipe que poderia disputar a competição no ano que vem.
A goleira Zohreh Khodaei pegou dois pênaltis e colocou o Irã na final. Os jordânios ficaram ressentidos e um dos príncipes da família real de Abdullah II que também ocupa a direção da federação de futebol do país enviou uma carta à AFC tentando exigir um “teste do sexo” para a goleira heróica.
A goleira do Zob Ahan, clube de Isfahan, no Irã, está sendo acusada de ser um homem por autoridades jordânias
O “teste de sexo” é uma prática humilhante de verificação genital que foi utilizado pelos Jogos Olímpicos entre 1950 e 1992 para tentar excluir atletas de competir em categorias diferentes do seu sexo de nascimento. A prática foi abandonada por ser considerada obsoleta, desnecessária e extremamente humilhante.
A acusação contra Koudaei por parte dos jordânios só se fundamenta na transfobia. O Irã é o segundo país do mundo que mais realiza cirurgia de redesignação sexual e uma parcela considerável de sua população se identifica como transexual. Por isso, os jordânios – que não aceitaram a derrota – tentam recorrer à a
Iranian women’s football team won against its Jordan opponent and reached the final of the Asian Cup qualifiers. Iranian goalkeeper, Ms. Zohreh khodaei, really shined in this game.🌸🏵️🙏🙏🙏🙏💖❤️#Iran pic.twitter.com/Bf9xcbn8Gm
— 🇮🇷Mahdi12m313 (@mahdi12m313) November 17, 2021
“Sou uma mulher. Eles estão fazendo bullying comigo”, disse Zohreh Koudaei.
“Gostaria de confirmar que fizemos os testes necessários antes do início da nossa viagem, visto que a equipe médica examinou cuidadosamente todas os jogadoras da seleção nacional para não encontrarmos quaisquer problemas a este respeito”, disse a treinadora da equipe iraniana.