Policial militar aposentado é preso por suspeita de matar transexual em Porto Alegre, diz polícia - G1

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Em depoimento, homem alega que transexual entrou em seu carro e tentou assaltá-lo com uma faca. Vítima foi atingida por um disparo na cabeça.

Carro onde o crime teria acontecido foi apreendido e passou por perícia — Foto: Divulgação/IGP

Um policial militar aposentado de 61 anos foi preso, na terça-feira (26), em Cidreira, Litoral Norte do RS, por suspeita de matar uma transexual, de 26 anos, em Porto Alegre. Conforme a Polícia Civil, ele confessou o crime.

Em depoimento à polícia, o suspeito relatou que a transexual teria entrado em seu carro e tentado assaltá-lo usando uma faca, na Avenida Manoel Elias, na Capital. O homem, então, disparou contra a vítima, acertando-a na cabeça. O crime teria ocorrido no último dia 17.

O suspeito afirma também ter levado a vítima até Alvorada, onde deixou o corpo em uma área deserta do Distrito Industrial. Ele conta ainda que descartou a faca que teria sido usada, jogando-a nas margens da freeway.

A Polícia Civil passou a investigar o caso após a família da transexual registrar ocorrência pelo desaparecimento, no dia 19.

Conforme o delegado Gabriel Lourenço, da 5ª Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa de Porto Alegre, a investigação continua, com novas diligências a serem feitas.

A Brigada Militar informou ao g1 que a Corregedoria-Geral atuou em conjunto com a 5ª DHPP para o cumprimento da prisão preventiva do Militar Estadual da reserva. Ele está preso no Presídio Policial Militar, em Porto Alegre. O crime não será investigado disciplinarmente pela BM. Leia posicionamento abaixo.

Teste com reagente luminol apontou a presença de substância que pode ser sangue — Foto: Divulgação/IGP

O carro onde o crime teria acontecido foi apreendido, e passou por perícia. Segundo o Instituto-Geral de Perícias (IGP), foi encontrada substância que pode ser sangue após teste com o reagente luminol. Amostras serão encaminhadas para comparação com o sangue da vítima.

A polícia trabalha inicialmente com a hipótese de homicídio qualificado. A possibilidade de crime de ódio em razão de transfobia não é descartada. "Mas é uma hipótese remota, uma vez que a vítima já possuía um histórico criminoso", diz o delegado.

A Brigada Militar realizou o apoio para a prisão do Militar Estadual (ME) da Reserva.

O suposto crime não é alcançado pela legislação militar pois não foi praticado nas condições que a lei prevê, até mesmo pelo fato do ME estar na Reserva Remunerada, bem como não é alcançado disciplinarmente.

Atualmente o Militar teve a liberdade cerceada, constituindo o tipo de sanção mais severa que a legislação brasileira prevê.

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