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A polêmica que toma conta da web nesta quinta (24/2) diz respeito aos xingamentos sofridos por Linn da Quebrada durante episódio do Tarja Preta FM. Em trechos que circulam pela web – e revoltam os internautas – Robert Kifer, Arthur Petry, Bianca e Kaio D’Elaqua, os apresentadores do programa, chamam a cantora de “troço”. A ofensa transfóbica chamou atenção para uma coincidência: o podcast é produzido pelos Estúdios Flow, empresa que precisou desligar Monark, no início do mês, após fala em defesa da criação de um partido nazista.
Em episódio do Flow transmitido no dia 7 de fevereiro, Bruno Adib, conhecido como Monark, disse: “A esquerda radical tem muito mais espaço do que a direita radical, na minha opinião. As duas tinham que ter espaço. Eu sou mais louco que todos vocês. Eu acho que o nazista tinha que ter o partido nazista reconhecido pela lei“.
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Lina Pereira dos Santos, mais conhecida como Linn da Quebrada, é cantora, compositora, atriz e apresentadora. Natural de São Paulo, tem 31 anos e é travestiReprodução/ Instagram
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Linn foi criada pela tia até os 12 anos e cresceu dentro da religião Testemunhas de Jeová. Quando começou a entender mais sobre sua sexualidade, no entanto, foi expulsa da congregaçãoReprodução/ Instagram
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Depois de todo o preconceito e das dificuldades que enfrentou ao se identificar como travesti, descobriu na música e na atuação a forma de se expressarReprodução/ Instagram
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Em 2014, aos 23 anos, foi diagnosticada com câncer nos testículos. Precisou fazer quimioterapia por vários anos, perdeu os cabelos e mudou a forma como pensava em relação ao mundo Reprodução/ Instagram
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Em apenas cinco dias, Linn foi vítima de comentários preconceituosos e transfobia dentro da casaReprodução/ Instagram
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Ainda enquanto lutava contra a enfermidade, Linn lançou suas primeiras músicas autorais. Foi ovacionada pelo público e embarcou em turnê nacionalReprodução/ Instagram
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Pouco antes de vencer a luta contra o câncer, estreou nos cinemas o filme documentário Meu Corpo é Político. Tempos depois, já curada da doença, protagonizou o longa Bixa Travesty. Desde então, a carreira de Linn continuou em ascensão Reprodução/ Instagram
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A atriz atuou em série na TV Globo, recebeu prêmios e é apresentadora do programa TransMissão, que discute pautas de gênero, raça e sexoReprodução/ Instagram
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Recentemente, a cantora dividiu nas redes sociais outra conquista: a inclusão do nome Lina Pereira dos Santos em sua documentação Reprodução/ Instagram
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Com quase 1 milhão de seguidores nas redes sociais, Linn é umas das participantes convidadas da 22ª edição do reality show Big Brother Brasil Reprodução/ Instagram
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Em entrevista ao Gshow, a cantora diz ser fã do programa e garante que sairá milionária. “Estou indo para ganhar mesmo, sinto que é possível. Ouço o Tadeu falando o discurso final. Mas até ganhar tem uma trajetória. Será a experiência mais icônica da minha vida. Vou me dar muito bem nas provas. Eu gosto de disputar”, afirmouReprodução/ Instagram
A polêmica provocada pela fala de Monark atingiu uma repercussão enorme. O Flow perdeu patrocinadores e foi alvo de uma campanha de boicote. Na época, a Estúdios Flow divulgou nota oficial para condenar o discurso do ex-colaborador. “O Flow Podcast surgiu de um sentimento de liberdade, pluralidade e transparência. Com isso, carregamos a responsabilidade de nos conectar com milhões de pessoas e é inevitável que grandes decisões exijam grandes responsabilidades. Reforçamos o nosso comprometimento com a Democracia e Direitos Humanos”.
O trecho do Tarja Preta FM que revoltou internautas traz uma declaração que não parece muito alinhada à defesa dos direitos humanos: “Eu acho que tem que parar de chamar travesti de ela. Começa a chamar de ‘troço’ que aí ninguém vai reclamar. Se alguém me chamasse de ele, eu só iria falar assim: não, eu não sou ele”, diz Bianca, apresentadora do podcast. Apresentadora e podcast têm recebido duras críticas nas redes sociais.
Com a repercussão, o Tarja Preta FM desativou seus perfis na internet. Os apresentadores do programa também deixaram as redes.
Pelo visto, a Estúdios Flow vai precisar reforçar ainda mais o compromisso com os direitos humanos…
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