Plataforma de conexão, ‘Pagode Por Elas’ quer construir uma 'nova década' do pagode baiano - iBahia

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O pagode está presente na vida dos soteropolitanos. Os refrões, as melodias, fazem parte do Carnaval, dos paredões, das festas. Além do ritmo, uma característica em comum: a maioria das bandas do gênero são comandadas por homens. Uma realidade que está sendo mudada graças ao trabalho das jornalistas Joyce Melo e Beatriz Almeidas. 

Foto: Divulgação
As duas transformaram o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) em uma plataforma de entretenimento e conexão de formação do pagode baiano voltado para mulheres. O “Pagode por elas” surgiu em 2019, quando as agora sócias perceberam que as mulheres não tinham papel de protagonismo no pagode baiano. “As pessoas falavam e não conheciam. Fizemos uma pesquisa e 50% das pessoas não tinham nem ouvido falar sobre uma mulher cantar pagode”, contou Joyce. 

Ao pesquisarem o universo do pagode, as jornalistas confirmaram que, além de não serem protagonistas, as mulheres também eram colocadas na posição de vítima e de objetificação do seu corpo.  

Com essa constatação, a plataforma nasce om o objetivo de potencializar as mulheres e suas carreiras, para visibilizar um pagode baiano com representatividade e que dê visibilidade às vozes femininas. Tudo isso, em prol de construir uma "nova década do pagode baiano". 

“A gente se posiciona muito nesse lugar. Estamos sempre abertas em receber esse conteúdo, que as artistas querem que a gente divulgue. A gente desenvolve também um processo de assessoria de imprensa, que gera muito resultado”, destaca. 

Segundo Joyce, a partir desse trabalho de assessoria e produção, os resultados já conseguem ser sentidos no Google. Antes, ao buscar o nome de cantoras de pagode, o foco era o corpo delas e fofocas. Hoje, é a carreira. 

Mudança de cenário 

Ainda há muito o que fazer, mas em dois anos Joyce consegue perceber uma mudança no mercado. “Sempre recebemos o feedback das artistas, que existia uma cena antes [do Pagode por Elas] e outra depois”, destaca. 

Neste ano, mais uma pesquisa foi realizada pelas empreendedoras e sem 2019 mais de 50% não conheciam vocalistas mulheres no pagode baiano, agora 79% afirmaram conhecer. Quando começaram, eles conseguiram mapear 9 mulheres no pagode baiano; atualmente, elas já trabalham com cerca de 30. 

“É a questão da representatividade, quando você acredita que também pode fazer”, pontua Joyce. A jovem também destaca que não só o consumo mudou, mas também o mercado. Hoje, segundo a jornalista, produtores e empresários começaram a ver que precisam investir nessas cantoras. 

Playlist 

A cena do pagode baiano hoje traz nomes como Maya, A Dama, Aila Menezes, Nessa, Dai, banda as Travesti, Nininha Problemática. Essas artistas estão na playlist montada pelo Pagode Por Elas, em parceria com o iBahia. Ouça já!  

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