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O Benefício é alternativa para quem ainda não tem outro documento retificado e quer votar com o nome pelo qual quer ser chamado.
Título de eleitor — Foto: TRE
Pessoas transgênero e travestis têm até quarta-feira (4) para solicitar o nome social no título de eleitor e votar nas Eleições 2022 com o nome pelo qual querem ser chamadas. A solicitação pode ser feita pela internet e o g1 fez um passo a passo. Veja ao fim da reportagem.
De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI), desde 2018, 261 eleitores solicitaram o uso de nome social no título eleitoral no estado.
A presidente da Comissão da Diversidade Sexual da Ordem dos Advogados do Brasil no Piauí (OAB-PI), Fabíola Albuquerque, explicou que se trata de um direito básico.
A vice-coordenadora do Grupo Matizes, que luta por direitos LGBTQA+ no Piauí, Marinalva Santana, considera que a medida foi importante para não afastar as pessoas transexuais e travestis das urnas.
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“É algo de extrema importância porque oportuniza que esse público não se sinta excluído do processo eleitoral para ajudar a melhorar o Brasil”, pontuou.
Primeira eleição com nome social
Caio votará com o nome social pela primeira vez nas Eleições 2022 — Foto: Arquivo Pessoal
O microempreendedor Caio Cezar, de 24 anos, é um homem trans que votará pela primeira vez com seu nome social nas eleições deste ano. Ele ainda não tem os documentos retificados e gostou de saber que poderá votar com o nome que escolheu para si.
"Eu não estava sabendo, soube por um amigo e vou fazer enquanto meus documentos ainda não são retificados. O uso do nome social nos dá o direito de exercer nossa própria cidadania, que é tão negada", declarou.
Caio acredita que votar com o nome social torna o voto ainda mais simbólico e significativo porque se trata de uma escolha que pode eleger pessoas que poderão tomar decisões que tenham impacto na vida das pessoas trans e travestis.
Para solicitar a retificação do documento, é necessário acessar o sistema do autoatendimento do TSE e clicar em “Inclua seu nome social”. Para prosseguir, é preciso ter em mãos: o título eleitoral, nome completo, data de nascimento, nome da mãe e do pai.
Também é preciso digitalizar ou tirar foto dos seguintes documentos:
- Documento oficial de identidade com foto (frente e verso);
- Comprovante de residência recente (no caso de transferência, prazo mínimo de três meses de residência no novo endereço);
- Comprovante de pagamento de débito com a Justiça Eleitoral (quando houver débito);
- Comprovante de quitação do serviço militar, para o alistamento, sendo o requerente do sexo masculino (para homens com 19 anos que ainda não tenham título eleitoral).
*Lívia Ferreira, estagiária sob supervisão de Lucas Marreiros
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