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16 de set de 2025 às 15:05
O homem acusado de matar o ativista cristão conservador Charlie Kirk vivia com um parceiro que se identifica com o sexo oposto e que está cooperando com as autoridades na investigação em andamento, disse o governador de Utah, Spencer Cox.
O suspeito pela morte de Kirk é Tyler Robinson, de 22 anos, morador de St. George, Utah, a cerca de três horas e meia de carro ao sul da Universidade Utah Valley, onde ocorreu o assassinato.
Embora Robinson tenha exercido seu direito de permanecer em silêncio desde que foi preso, na última quinta-feira (11), seu parceiro e membros de sua família estão cooperando com a polícia. Robinson foi preso na noite de quinta-feira (11), um dia depois do assassinato.
Em entrevista ao programa Meet the Press, da NBC, no domingo (14), Cox disse que o parceiro do suposto atirador "é um namorado que está em transição de homem para mulher". Ele disse que o parceiro "tem cooperado muito com as autoridades".
"Essa pessoa não tinha nenhum conhecimento [e] ficou chocada... quando descobriu", disse o governador. "O suspeito não tem colaborado até agora, então estamos obtendo todas essas informações de familiares, novamente, de pessoas próximas ao suspeito, e também das evidências forenses que temos, que estão confirmando tudo e até mais do que conseguimos compartilhar naquela coletiva de imprensa inicial".
Em uma coletiva de imprensa anterior, Cox disse que o parceiro mostrou aos investigadores mensagens que Robinson teria enviado, nas quais falava sobre gravar balas, precisar recuperar um rifle de um ponto de entrega, deixar um rifle em um arbusto e enrolar um rifle em uma toalha.
Kirk foi baleado enquanto respondia a uma pergunta sobre transgêneros e violência armada. Kirk disse que apoiava uma iniciativa para proibir pessoas transgênero de ter armas de fogo, à luz do ataque ocorrido na Igreja Católica da Anunciação, em Minnesota, no mês passado, cometido por um homem que se identificava como transgênero.
Ao longo de sua carreira como ativista conservador, Kirk criticou a ideologia de gênero, opondo-se à participação de homens em esportes femininos, terapias de redesignação sexual para crianças, e à promoção da redesignação sexual e da homossexualidade em escolas de ensino fundamental e médio.
FBI investiga comunicações de suspeito
Cox disse que Robinson é "de uma família conservadora, mas sua ideologia era muito diferente" da de sua família, e "havia claramente uma ideologia de esquerda no [suposto] assassino".
O diretor do FBI, Kash Patel, disse ao programa Fox & Friends ontem (15), que a agência não vai politizar a investigação. “Estamos analisando os fatos, e é por isso que estamos divulgando as informações de forma inédita”.
“Meu trabalho como diretor do FBI não é falar sobre o motivo; é falar sobre os fatos, e é isso que farei”, disse ele.
“A família dele informou coletivamente aos investigadores que ele aderiu à ideologia de esquerda, especialmente nos últimos dois anos”, continuou Patel. O suspeito “teve uma troca de mensagens de texto... com outra pessoa na qual alegou que teve a oportunidade de matar Charlie Kirk, e que faria isso por causa do ódio que sentia pelo que Charlie defendia”.
Marcas encontradas nas cápsulas de bala incluíam a frase “Ei, fascista. Pega essa!” e trechos da canção antifascista italiana “Bella Ciao.”
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Patel disse que o FBI tem evidências de um bilhete antes do assassinato, que foi destruído depois, no qual o suspeito escreveu que tinha oportunidade de "matar" Kirk e planejava fazê-lo. Ele disse que "mesmo tendo sido destruído, encontramos evidências forenses do bilhete e confirmamos o seu conteúdo graças à nossa postura agressiva durante o interrogatório". Patel também afirmou que o FBI possui provas de DNA que ligam o suspeito ao atentado.
Segundo Patel, o FBI também está investigando as conversas do suspeito em salas de bate-papo no aplicativo de mensagens online Discord, e os investigadores vão entrevistar pessoas com quem ele conversou por lá.
O vice-diretor do FBI, Dan Bongino, disse ao programa America's Newsroom da Fox News ontem que a agência tem evidências de que o suspeito pode ter comunicado que "seu alvo obviamente seria Charlie e que as pessoas sabiam com antecedência".
Bongino disse que não "quer que ninguém tire conclusões precipitadas sobre isso", destacando que a questão é saber se as pessoas sabiam de antemão e mantiveram silêncio ou se acharam “que era algum tipo de brincadeira".
“É isso que estamos tentando descobrir agora,” disse ele. “Mas eu prometo que, se houver uma rede maior envolvida, vamos divulgar isso ao público o mais rápido possível.”
O jornal The New York Times relatou que, em um dos chats no Discord, amigos de Robinson comentaram que ele se parecia com o atirador. Robinson teria dito que o atirador era um “sósia” tentando “me colocar em apuros”.
Segundo o jornal, muitas das mensagens pareciam ser em tom de brincadeira. Depois da prisão de Robinson, o jornal disse que os membros ficaram em choque, com um deles dizendo: “Eu realmente não consigo distinguir se isso é real”.
O jornal Washington Post relatou outro chat no Discord em que Robinson estaria envolvido, no qual membros expressaram preocupação com o atentado, e um deles comentou que Kirk “não merecia ter esse fim”.
Robinson teria dito neste bate-papo: "Tenho más notícias para todos vocês", acrescentando: "Fui eu na UVU ontem. [Sinto] muito por tudo isso".
Um amigo teria incentivado o grupo a "orar por Tyler [Robinson] e seu arrependimento" depois da prisão.
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Bongino disse que o FBI está investigando o homem que fez a pergunta sobre transgêneros e violência armada pouco antes de Kirk ser baleado no evento, mas observou que Kirk "era conhecido por falar abertamente sobre esses temas" e que "não é incomum que ele receba perguntas como essa".
O homem que fez a pergunta deu uma entrevista ao Channel 5 with Andrew Callaghan no fim da semana passada e condenou o assassinato e a violência política.
Bongino disse que o assassinato foi "um ataque com motivação ideológica" contra um conservador.
"Familiares disseram que ele havia se tornado mais político, o que nos leva a acreditar que essa ideologia o contaminou e tomou conta dele", disse Bongino.