Operação 'Libertas': por dupla extorsão contra travesti, Justiça decreta 3ª prisão preventiva de Pamela Volp em Uberlândia - G1

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Crimes, segundo o MPMG, ocorreram em 2020 na Avenida Professora Minervina Cândida de Oliveira; ex-vereadora já está presa por tentativa de latrocínio e extorsão qualificada.

Pâmela Volp em foto de arquivo de 2019 — Foto: Reprodução/Facebook

A ex-vereadora de Uberlândia Pamela Volp teve decretada a 3ª prisão preventiva nesta sexta-feira (10). A Primeira Vara Criminal da Justiça acolheu a representação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que a denunciou por duas extorsões ocorridas contra uma travesti em 2020.

Suspeita de chefiar uma quadrilha há quase 30 anos na cidade, na última terça (7), Pâmella Volp teve a 2ª prisão preventiva decretada, pelo crime de extorsão qualificada.

Com a nova prisão decretada, Pamela Volp já responde a 3 ações, com penas que atingem a máxima de 52 anos de reclusão.

A denúncia do MPMG apresentado ao juízo e acatada se refere à duas extorsões cometidas por Pamela Volp, nos dias 26 de agosto de 2020 e 8 de novembro de 2020, contra uma travesti na Avenida Professora Minervina Cândida de Oliveira.

Segundo informações do Gaeco, Volp dirigia o veículo GM Spin, apreendido durante a segunda fase da operação Libertas e reconhecido pela vítima.

"Como sempre acontecia, a vítima, uma travesti que fazia ponto no local, foi ameaçada a abandonar o trabalho, sob pena de lhe acontecer um mal maior", detalhou o Gaeco.

O g1 procurou a defesa de Pâmela Volp e aguarda retorno. A reportagem não conseguiu localizar a defesa de Paula Coco.

A operação Libertas teve início no dia 8 de no dia 8 de novembro com a prisão de Pâmela e Paula Volp, além de Lamar Bionda. Esta última foi colocada em liberdade.

Durante a Operação "Caraxué", da Polícia Federal, desencadeada em outubro de 2006, foram presas 9 pessoas em Uberlândia, Florianópolis (SC) e Franca (SP). Na ação, a polícia encontrou 12 travestis que se prostituíam em uma casa de Volp no Bairro Chácaras Tubalina.

Em 2014, a ex-vereadora foi condenada, junto a outras 6 pessoas, pela Justiça Federal por envolvimento com o tráfico internacional de pessoas. Conforme a decisão, o esquema envolvia o "comércio" de travestis e mulheres para países como a Itália e a Espanha.

Na época, Volp e outras 2 pessoas foram apontadas pela Justiça como chefes do esquema e foram condenadas a cumprir a pena em regime fechado. Além disso, 4 pessoas tiveram penas entre 6 e sete 7 no regime semiaberto. No entanto, a ex-vereadora recorreu da decisão e o caso foi para segunda instância.

No julgamento em segunda instância, ela foi absolvida pelos crimes de tráfico de pessoas e rufianismo - quando a pessoa toma vantagem da prostituição alheia. Porém, Pamela foi condenada pela pena mínima pelo crime de favorecimento à prostituição.

Volp ainda teve o nome ligado na Operação “Má Impressão”, desencadeada pelo Gaeco em 2019, que apurou um esquema de desvio de verbas indenizatórias por meio da contratação de serviços gráficos. Em 2020, ela teve o mandato cassado na Câmara Municipal de Uberlândia.

OPERAÇÃO 'LIBERTAS: GAECO LIGA EX-VEREADORA DE UBERLÂNDIA PAMELA VOLP A ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA

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