Número de pessoas do Alto Tietê que utilizam nome social no título de eleitor cresce 6 vezes em quatro anos - Globo

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No Brasil, o crescimento foi de quatro vezes no mesmo período. O uso do nome social no título de eleitor foi permitido pela primeira vez nas eleições de 2018.

Título de eleitor — Foto: TRE-MS/Arquivo g1

O número de pessoas que passaram a utilizar o nome social no título de eleitor no Alto Tietê cresceu 532%, o equivalente a 6 vezes, entre 2018 e 2022, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em quatro anos, esta quantidade passou de 50 para 316 na região. Deste total, 17% tem 19 anos, 14,5% tem 18 anos e 12,6% tem de 21 a 24 anos.

Itaquaquecetuba é a cidade com maior número de eleitores com nome social neste ano, com um total de 79 pessoas, seguida de Suzano, com 70, e Mogi das Cruzes, com 69. Guararema e Salesópolis possuem, cada uma, apenas uma pessoa.

Número de pessoas com nome social no título de eleitor no Alto Tietê

Eleições de 2022

Fonte: TSE

Em 2018, Mogi, com 18 pessoas, era o município com mais eleitores que utilizavam o nome social no título de eleitor. Em seguida, vinha Itaquaquecetuba e Suzano, com 10 cada um. Há quatro anos, Biritiba Mirim e Salesópolis não possuíam eleitores que usavam nome social no documento.

No Brasil, a quantidade de pessoas que solicitaram a inclusão de nome social no título de eleitor cresceu quatro vezes desde 2018, quando esse registro foi permitido pela primeira vez. O número passou de 7,9 mil, em 2018, para 37,6 mil neste ano.

Direito ao uso do nome social para votar

Após o Tribunal Superior Eleitoral emitir uma portaria em 2018, pessoas transgênero e travestis passaram a ter direito à inclusão do nome social no título de eleitor.

A autodeclaração passou a ser considerada suficiente para a emissão do documento. Com isso, não é necessário apresentar outro documento oficial com o nome retificado e nem comprovar a realização de cirurgia de adequação de gênero, por exemplo, para votar.

Segundo Alexandra Braga, suplente na cadeira trans do Conselho Estadual de Direitos da População LGBT e vice-presidente do Fórum LGBT de Mogi, o aumento do uso do nome social no título de eleitor observado nas cidades do Alto Tietê é explicado pela conscientização em participar do processo eleitoral. “Essas pessoas criaram a consciência que tendo o título de eleitor em mãos, votando, ela contribui e muda a realidade do país”.

Ainda de acordo com Alexandra, o direito ao uso do nome social para votar é uma ação de inclusão social e de cidadania.

“É trazer a população transexual e travesti, que ainda é marginalizada, para a cidadania, para exercer o seu pleno exercício de mudar o país aonde ela vive e melhorar para todos. Então, a importância é visibilizar aquelas pessoas que ainda é invisibilizada”.

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